2018 já era, por isso é hora de relembrarmos os melhores lançamentos internacionais das montadoras ao longo do ano passado. Alguns deles podem estar no Brasil em breve.
10 – Kawasaki Ninja ZX-6R
Muito embora já não seja disponibilizada no Brasil, foi ótimo ver a ZX-6R ganhar atualizações importantes para 2019, principalmente porque o segmento das superbikes de 600cc anda ameaçado ultimamente, até no exterior. Afinal, já perdemos a Honda CBR600RR e a Triumph Daytona 675R.
A Kawasaki, no entanto, continua acreditando no seu foguetinho médio como uma espetacular fonte de diversão para pilotos amadores e profissionais. A nova ZX-6R conta com aerodinâmica revista, painel modernizado e um motor completamente enquadrado nas novas normas antipoluição do Euro4, sem perdas de potência significativas.
09 – Ducati Panigale V4 R
Quando a Ducati apresentou a Panigale V4 S (de Speciale) no ano passado, achávamos que a marca italiana já tinha atingido o máximo. Mas eles ainda tinham uma carta na manga: a surreal Panigale V4 R, desenvolvida exclusivamente para o Mundial de Superbike.
Embora tenha a cilindrada reduzida para exatos 1000 cm³, a V4 R rende ignorantes 232 cv, desde que o sistema de exaustão da Akrapovic (e a centralina eletrônica) estejam acertados para as pistas. E o melhor de tudo é que uma pequena quantidade precisa ser vendida, uma exigência do WSBK. Quem sabe algumas unidades venham para cá?
08 – BMW R1250GS
A concorrência (leia-se Ducati) chamou para a briga, e os alemães responderam como se esperava: refinando ainda mais sua motocicleta mais icônica, a R1200GS, que agora passa a se chamar R1250GS, uma clara resposta à Ducati Multistrada 1260, apresentada no ano passado.
Eficientes que são, os engenheiros da BMWnão deixaram barato, introduzindo no lendário motor ‘boxer’ um revolucionário sistema de válvulas variáveis. A Multistrada também tem, mas o acionamento da R1250GS é diferente, que utiliza um atuador deslizando lateralmente no eixo de comando para selecionar o conjunto de virabrequins em uso. Viva a concorrência!
07 – KTM 790 Adventure
Dois segmentos estão muito em voga na atualidade, especialmente no Brasil: o das nakeds médias e o das polivalentes também de média capacidade. Para ambos, a KTM oferece opções baseadas na mesma plataforma: a Duke 790 e recém-lançada 790 Adventure.
Apresentada no ano passado, a Duke 790 é o resultado de um projeto inteiramente novo de chassi e motor. Desde aquela época já estava evidente que uma versão ‘Big Trail’ viria na sequência, o que foi confirmado esse ano. Trata-se de duas belíssimas opções para o mercado brasileiro que esperamos ver por aqui em breve.
06 – Suzuki GSX-S1000 Katana
Alguns modelos deveriam ser eternos. Ou, pelo menos, o nome deles. Esse é o caso da Suzuki Katana, motocicleta que marcou os anos 1980 em estilo e desempenho, mas não teve continuidade na marca de Hamamatsu. Até agora.
Ciente da febre retrô que assola a indústria (com o reaparecimento de diversos nomes lendários do passado), a Suzuki tratou de renascer a Katana, que agora utiliza a plataforma das modernas e confiáveis GSX-S1000. O design ficou moderno e clássico em doses iguais.
05 – Kawasaki Z400
A Kawasaki foi a primeira marca japonesa a apostar no segmento das bicilíndricas de média capacidade, com o surgimento da Ninja 250 em 2008. De lá para cá, a motocicleta cresceu em importância e cilindrada ganhando também uma irmã sem roupa, a Z300 que acaba de virar Z400.
No Brasil, as nakeds fazem ainda mais sucesso que as superbikes, por isso seus números são significativos: 45 cv de potência e 3,87 kgf.m de torque, em um motor que ficou 8 quilos mais leve. É uma diferença considerável. Fora os avanços em outras áreas, como embreagem deslizante, farol de LED e ABS de série. Chega ao Brasil em 2019.
04 – Honda CBR650R
Reparou que a CBR650F passou a se chamar CBR650R para 2019? Esse detalhe faz muita diferença. Na verdade, faz toda a diferença, porque significa que a Honda resolveu dar uma apimentada na sua carenada média e deixá-la com ares de CBR600RR.
Ao invés de uma pacata sport-touring, a CBR650R ficou um pouco mais racing, graças à nova potência de 95 cv e 6,52 kgf.m de torque, cerca de 5% a mais que o modelo antigo. Além disso, o quadro está 8% mais leve e contém suspensões mais interessantes, com garfos invertidos Showa de 41 mm ajustáveis. Armas para convencer melhor seu exigente público.
03 – Honda CB 650F
Se a Honda mudou levemente o caráter da CBR650F, as mudanças foram ainda mais profundas na CB650F. A naked tetracilíndrica agora tem uma nova personalidade retrô, baseada no conceito Neo Sports Café, que já havia inspirado a CB1000R no ano passado.
Mas não se trata de um mero exercício estético. A Honda compreendeu que quem compra essa moto busca uma pitada de adrenalina. Por isso, o novo modelo tem os mesmos 95 cv e 6,52 kgf.m de torque, números que a deixam quase em pé de igualdade com a finada CB600F Hornet. Sem dúvida, uma dose de veneno muito bem vinda.
02 – BMW S1000RR
Embora não participe da MotoGP, a BMW S1000RR é uma das superbikes mais reverenciadas da atualidade aqui, na vida real. Seu equilíbrio dinâmico, grande potência e diversos controles eletrônicos (inéditos na época de seu lançamento) fizeram e ainda fazem a alegria de pilotos amadores e profissionais pelo mundo.
Por isso, o lançamento da nova geração foi um dos momentos mais aguardados de 2018. E a marca alemã não decepcionou com maquiagens. Trata-se de uma moto realmente diferente, com um novo quadro, motor mais potente e mais leve, além de todos os gadgets eletrônicos indispensáveis atualmente. Para calar de vez os críticos, eles estão voltando ao Mundial de Superbike em 2019.
01 – Yamaha Ténéré 700
A Yamaha decepcionou os jornalistas de plantão no Salão de Milão de 2017 com o não aparecimento da Ténéré 700. Isso porque um ano antes, eles haviam revelado o delicioso conceito T7, dando a entender que uma versão de produção viria no ano seguinte. Isso não aconteceu, por isso eles sabiam que algo caprichado precisaria ser feito em 2018.
E assim foi feito. A marca dos diapasões colocou a Ténéré 700 em uma “turnê mundial” onde foi testada por seus principais pilotos de Off-Road. Até o lendário Stephane Peterhansel, multicampeão pela Yamaha no Rali Dakar experimentou o novo modelo. Tudo foi divulgado em forma de episódios ao longo do ano mantendo seu interesse em alta até o lançamento no Salão de Milão.
Sobre a moto em si, trata-se basicamente de uma MT-07 com diversas modificações, principalmente a nível de chassi e suspensão, que ficaram mais robustos para se adequar à sua proposta de encarar todos os terrenos possíveis. O design é ‘Dakariano’ com faróis de LED e um grande para-brisa para acoplar um GPS e desbravar o mundo. Versões alternativas devem surgir nos próximos anos.