A Repsol Honda Team apresentou hoje (13) a sua formação para competir na temporada 2024 de MotoGP. Pela primeira vez sem Marc Márquez em 10 anos, eles entram em uma nova fase e mudaram até a pintura.
O azul escuro volta a predominar nas carenagens da RC213V com a Repsol permanecendo inabalada, ao contrário do que chegou-se a especular. A petrolífera espanhola está presente nas carenagens da HRC desde 1995 e caminha para a sua 30ª temporada.
Nos testes de Sepang, realizados na semana passada, se os resultados não chegaram a ser entusiasmantes, mostraram uma luz no fim do túnel para a Honda. Eles testaram uma infinidade de combinações novas e conseguiram tirar um segundo de desvantagem.
Livre da sombra de Marc Márquez, o campeão de 2020 Joan Mir parece estar emergindo como líder da equipe. O piloto espanhol foi o mais rápido da equipe nos testes de Sepang e tornou-se a referência para os engenheiros da Honda.
Acho que as cores para este ano são bem diferentes e bem ousadas, com certeza algo único da equipe”, disse Mir. Tivemos uma primeira experiência positiva com a moto e cinco dias produtivos em Sepang, agora temos de olhar para o Teste do Qatar e para a corrida. O ano passado ensinou-me muito e procuro colocar tudo em prática neste ano para ajudar a Repsol Honda Team a regressar onde sei que pode estar.“
Luca Marini começou muito bem sua surpreendente caminhada na Honda durante os testes de Valência sendo o piloto mais rápido da marca. Em Sepang, porém, as coisas não foram tão fáceis e o italiano amargou as últimas posições. Mas o irmão de Valentino Rossi segue confiante no seu plano.
“Para mim é uma honra fazer parte da Repsol Honda Team, quando era criança já tinha alguns macacões nas suas cores nas minhas minibikes“, lembrou Marini. “Estamos apenas no início da nossa jornada juntos, mas já me sinto parte da equipe e bem apoiado pelos engenheiros. Rodei apenas seis dias com a moto, por isso queremos aproveitar ao máximo o último teste e começar o ano da melhor maneira possível.”
Outrora a equipe mais poderosa da MotoGP, a Repsol Honda parece mudada até na mentalidade, bem mais humilde e modesta, conforme deu para perceber pelas declarações do gerente da HRC, Tetsuhiro Kuwata. Nenhuma promessa de título, apenas de melhorar e de entregar uma boa moto aos pilotos.
“2024 é um ano especial porque celebramos 30 anos de colaboração com a Repsol e entramos numa nova era com combustíveis renováveis“, disse Kuwata. “Dentro da HRC temos trabalhado muito para entregar um pacote para Joan Mir e Luca Marini no qual eles possam ser competitivos. Ambos os pilotos são jovens, ávidos e já estão a fornecer feedback claro para novas melhorias. Será mais uma temporada de desenvolvimentos, de trabalho em conjunto com os nossos pilotos, parceiros, patrocinadores, engenheiros e membros da equipa enquanto nos esforçamos para melhorar.”
A comprovação da melhora da Honda será medida nos próximos testes coletivos, que acontecem em Losail, no Catar, na próxima semana, uma pista que sempre foi difícil para a RC213V. Esse também será o local da primeira etapa do ano em 10 de março.