Depois de perder Marc Márquez no final de 2023, a Honda Racing Corporation (HRC) pode perder a Repsol no final de 2024. A parceria entre as duas empresas está para completar 30 anos.
De acordo com os jornalistas espanhóis do Motorsport.com, após a saída de Márquez, a gigante petrolífera espanhola aplicou uma cláusula no seu contrato para reduzir a sua contribuição financeira e consequentemente a sua presença na pintura da moto deste ano (foto acima).
Além disso, eles afirmam que a Repsol quer apostar na promoção de combustíveis não fósseis. A partir de 2027, todas as motos terão combustíveis 100% livres de petróleo e a empresa tem interesse em ser um dos fornecedores adotados pela MotoGP.
A parceria da Honda com a Repsol é icônica e vai muito além de um mero patrocínio. As cores laranja branca e vermelha começaram a adornar as motos japonesas em 1995, ano em que venceram o título com Mick Doohan, que repetiria a dose em 1996, 1997 e 1998.
Outro título se seguiu em 1999 com Alex Crivilé, o primeiro espanhol campeão na Classe Rainha do motociclismo. Valentino Rossi adicionou outros dois em 2002 e 2003, antes de Nicky Hayden ter a sua chance na temporada 2006 e Casey Stoner em 2011.
Na última década, a Repsol Honda Team colecionou conquistas com Marc Márquez, campeão pela equipe em 2013, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019. No total, foram 15 títulos de campeonato, 183 vitórias e 455 pódios. A última vaconteceu no GP de San Marino de 2021.
Mas desde então, a RC213V piorou muito e hoje luta para marcar pontos. Seu principal piloto, Joan Mir tem apenas 13 pontos somados e Luca Marini ainda está zerado após seis etapas. No campeonato de construtores, a Honda vem em último, 185 pontos atrás da Ducati.
A equipe, liderada por Alberto Puig em Madri, na Espanha, trabalha em estreita colaboração com os técnicos da Repsol, que tem um centro de tecnologia na mesma cidade. Se o divórcio se confirmar, a HRC terá que repensar toda a sua estrutura de MotoGP para os próximos anos.