Foi descoberto em documentos de patentes japoneses o que parece ser uma nova superbike da Honda. Com um design radicalmente diferente, a motocicleta pode ser a sucessora da CBR1000RR- Fireblade.
Extremamente detalhada, com descrições e desenhos do chassi, bem como peças auxiliares como instrumentos, espelhos, controles de guidão e até mesmo o descanso lateral e conversor catalítico, as patentes indicam um modelo pensado para produção em série em vez de um mero conceito.
O quadro é o principal diferencial em relação à Fireblade. Ao invés da tradicional dupla viga de alumínio, temos o motor de quatro cilindros em linha como membro estressado da estrutura, o que caracteriza o chassi monocoque. É a mesma solução adotada pelas Ducati Panigale V4.
A parte da mesa de direção também é diferente, descrita como sendo feita de um “material fundido” e, portanto, provavelmente de liga. É aparafusado às laterais do motor, formando a letra “U” invertida sobre o cabeçote do mesmo, outra solução já vista na Panigale 1199.
Na traseira, há um par de pequenas metades de estrutura fundidas (18), aparafusadas em ambos os lados da caixa de transmissão e fornecendo ao pivô do braço oscilante força adicional, este aparentemente com um desenho unilateral. O documento diz ainda que o pezinho pode ser aparafusado diretamente ao cárter do motor ou no chassi traseiro.
O design em si foge bastante da Fireblade, com assento e tanque de combustível combinados em um só. Toda a unidade – marcada com o número 17 nos desenhos – é um componente de fibra de carbono de uma peça, aparafusado à seção frontal do chassi e autossustentável.
Não há “carroceria” traseira como tal, apenas um assento no topo da moldura do chassi auxiliar, por si só bastante curto, com o suporte de placa estendendo-se na parte de trás. Há também detalhes de como o conjunto óptico dianteiro encontra-se com a carenagem e do spoiler envolvendo o escapamento.
Surpreendentemente podemos ver um tacômetro à esquerda (lendo até 14.000 rpm) e o que parece ser um display digital no lado direito. Existem ainda especificações detalhadas sobre a embreagem ser hidráulica, com os reservatórios para os cilindros mestres do freio e da embreagem sendo esculpidos para se adequar ao design.
A patente deixa claro que a perda de peso é o objetivo, mas também inclui referências à redução dos custos de fabricação, o que novamente sugere que isso é mais do que apenas um exercício de engenharia ocioso. Será que a Honda pretende aposentar a CBR1000RR-R? Ou quer criar um modelo ainda mais radical para, enfim, dominar o Mundial de Superbike? O tempo certamente vai dizer.