Jonathan Rea foi curto e grosso sobre as últimas polêmicas envolvendo a competitividade – ou a falta dela – no World Superbike. O britânico disse que a Dorna precisa parar de brincar com o regulamento e atrair mais montadoras ao certame.
O líder do campeonato fez os ácidos comentários pelo Twitter depois de muito já ter sido perguntado sobre o que achava sobre o polêmico regulamento de grid invertido introduzido nesse ano, mas que até agora não rendeu os frutos esperados.
“Talvez a Dorna/FIM devam parar de brincar com os regulamentos e convencê-los [as outras montadoras] a vir participar“, disse Rea. “Tenho certeza de que [Stefan] Bradl, [Michael] Van der Mark e [Alex] Lowes podem ganhar corridas, assim“.
Nos últimos meses, tem crescido a possibilidade de se implementar no World Superbike uma centralina padronizada, tal qual já acontece na MotoGP. Mas, a ideia é contestada por Rea e pelas equipes, que veem o campeonato como um laboratório para suas próprias tecnologias.
Em uma entrevista anterior, Real já havia sido bastante direto. O britânico disse que a Kawasaki e a Ducati merecem estar na frente do campeonato porque investem o dobro das outras marcas, presentes apenas através de representantes, como a Ten Kate na Honda.
A preocupação da Dorna em aumentar o interesse pelo World Superbike é tão grande que, no começo do ano, eles chamaram Rea e Chaz Davies, seu principal adversário para uma conversa particular. Eles queriam que os dois passassem a ter mais atritos e aumentassem a rivalidade. Os planos foram revelados pelo piloto galês da Ducati.
Curiosamente, Davies ensaiou um atrito com Rea na etapa de Imola, alegando ter sido atrapalhado no treino classificatório, mas a polêmica logo foi esquecida. O britânico da Kawasaki lidera o campeonato com 341 pontos, com Tom Sykes em segundo com 282 e Davies em terceiro com 226.
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