O Grande Prêmio da Inglaterra de MotoGP, realizado no último domingo foi acompanhado de perto por Jonathan Rea. O bicampeão do World Superbike fez importantes observações ao observar a pilotagem dos colegas da Categoria Rainha.
Rea circulou pelos boxes para dar um apoio aos conterrâneos, Cal Crutchlow, Bradley Smith e Scott Redding. Depois, acompanhou a corrida da curva Woodcote, a última antes da linha de chegada original do circuito de Silverstone. O britânico disse que foi interessante observar os pilotos do lado de fora.
“Realmente aprendi algumas coisas como piloto apenas assistindo como alguns desses caras trabalham. No teste de novembro, em Jerez no ano passado consegui pilotar com eles e comparar onde uma moto de MotoGP faz a diferença e onde uma Superbike faz sua diferença. Isso era realmente interessante para mim no momento, mas ficar de pé e observar o ângulo de inclinação que esses caras utilizam também é.” (Jonathan Rea)
Rea constatou que o nível de inclinação, de contorno e aceleração na MotoGP é bem maior, enquanto que no World Superbike os pilotos permanecem mais tempo em aceleração deixando o contorno de curvas para o mínimo possível, devido ao comportamento dos pneus.
“O cotovelo abaixado não funciona realmente em uma Superbike, porque, a menos que você tenha tamanho – como Loris Baz ou Scott Redding – não podemos obter esse ângulo. Eu estava observando Márquez na classificação e seu ângulo de inclinação era incrível. Nós não temos essa aderência com o nosso pneu porque ele faz seu desempenho na aceleração. Nos concentramos em parar a moto no ápice, contornando a curva e acelerando. Eles não freiam ou aceleram particularmente rápido, mas eles podem levar muito mais impulso do que nós. Você trabalha com o que funciona melhor para seus pneus.”
De contrato renovado com a Kawasaki por mais dois anos, Rea lidera o atual campeonato do World Superbike, com 381 pontos, 70 à frente de seu companheiro de equipe, Tom Sykes. A próxima etapa acontece entre 15 e 17 de setembro, em Portugal.