Apesar da magnífica vitória conquistada ontem (3) no Grande Prêmio da Itália, Jorge Lorenzo confirmou que não permanecerá na Ducati em 2019. O espanhol, no entanto, manteve o mistério sobre sua equipe para a próxima temporada. Entenda aqui o grande esquema tem o governo malaio e até Franco Morbidelli (!!) no meio.
Sem a Ducati, restam pouquíssimas vagas competitivas na MotoGP para 2019. Entre as equipes de fábrica, apenas a Honda ainda não anunciou a contratação de Dani Pedrosa, opção pouco provável para Lorenzo, que teria de dividir as atenções com Marc Márquez.
A saída seria retornar à Yamaha, onde estreou na Categoria Rainha e ganhou seus três títulos mundiais. A equipe oficial, no entanto, já está fechada com Valentino Rossi e Maverick Viñales até 2020. Só que existe um grande porém: o time satélite Tech3.
No início do ano, os franceses fizeram um surpreendente anuncio de que estariam trocando a Yamaha pela KTM em 2019. Mudança que também levou seus pilotos, Johann Zarco e Hafizh Syahrin para a marca austríaca. Os japoneses estão, portanto, sem um segundo time para o ano que vem.
É uma situação que precisa ser resolvida, já que uma equipe satélite é de grande valia para ajudar no desenvolvimento da motocicleta. É aí que entra Razlan Razali. O malaio é o chefe do circuito de Sepang e possui grande influência, tanto na MotoGP, quanto no governo malaio. Foi ele, por exemplo, quem convenceu Hérvé Poncharal, chefe da Tech3 à contratar Syahrin.
De acordo a apuração dos alemães do Speedweek, Razali está utilizando suas conexões com o governo malaio (através da Petronas) para montar uma nova equipe satélite da Yamaha em 2019. Lorenzo seria o primeiro piloto aos comandos de uma YZR-M1 semelhante à de Rossi e Viñales e não com dois anos de defasagem como tem a Tech3.
O segundo piloto ainda não foi definido, mas provavelmente não será Syahrin. De acordo com o próprio Razali, o futuro do piloto já está definido, ao contrário da equipe. O dirigente, no entanto, foi visto em Mugello em muitas reuniões com a cúpula da Yamaha.
Em meio a tudo isso, cruza a história da Marc VDS. A equipe belga está envolvida em uma espécie de escândalo financeiro envolvendo seu chefe de equipe, Michael Bartholemy, demitido e processado pelo dono Marc van der Straten. Parece pouco provável, a essa altura, que o time permaneça na MotoGP em 2019.
Razali e a Dorna estariam trabalhando para incluir a nova equipe no lugar da Marc VDS, o que pode transformar Franco Morbidelli em companheiro de Lorenzo na próxima temporada. O time belga, no entanto, tem um compromisso na Classe Rainha até 2021, algo que precisaria ser contornado.
“Sim, Franco Morbidelli é o piloto que devemos considerar, foi o que a Yamaha nos pediu para fazer. Mas eu não negocio com nenhum até que nosso projeto esteja garantido em 200%“, afirmou Razali antes de revelar as motivações da nova equipe: “A Petronas não quer apenas ser um patrocinador, eles também querem desenvolver seus lubrificantes com a Yamaha, que concordou que isso pode ser feito. Isso é importante para a Petronas“, garante.