Toby Price (KTM) conquistou hoje (17) o seu segundo título de campeão do Rali Dakar. O australiano foi implacável e venceu a etapa final realizada entre Pisco e Lima, no Peru. A vitória ficou facilitada depois da queda de Pablo Quintanilla (Husqvarna).
Ao contrário do que aparenta, a disputa no Rali Dakar 2019 foi muito mais acirrada do que se imagina. Além de Price e Quintanilla, também estiveram no páreo, Matthias Walkner (KTM), Ricky Brabec (Honda), Sam Sunderland (KTM), Adrian Van Beveren (Yamaha), Kevin Benavides (Honda) Joan Barreda (Honda).
Barreda começou o Dakar na frente, mas logo teve que abandonar devido a um acidente. A Honda, no entanto, continuou na liderança com Ricky Brabec seguido de perto por Quintanilla, Price, Sunderland, Walkner e Van Beveren, até que uma quebra de motor também tirou o norte-americano da disputa na oitava etapa.
As esperanças da Honda em conquistar o seu primeiro Dakar desde 1989 esvaíram-se definitivamente quando Benavides foi punido por utilizar notas de navegação não permitidas no estágio. Sunderland foi outro a ficar para trás com punições e Van Beveren quebrou o motor de sua Yamaha a 17 km do final da 9ª etapa (penúltimo estágio).
Com tantas desistências, a briga pela vitória ficou reduzida à Price, Quintanilla e Walkner, que começaram a 10º e última etapa separados por apenas 1min20s. O chileno partiu para o ataque, mas uma queda após 10 km o atrasou e encerrou a disputa entre as motos no Dakar.
Dessa forma, Price concluiu a décima etapa com 2min38s de vantagem para Ignacio Cornejo Florimo (Honda), com Walkner em terceiro e Sunderland se recuperando o suficiente para ficar em quarto. Luciano Benavides e seu irmão Kevin completaram os seis primeiros.
Na classificação geral, Price encerrou o Dakar com 3 minutos de vantagem para Walkner, campeão no ano passado. Sunderland, vencedor de 2017 completou a trinca da marca austríaca, que não perde o evento desde 2001. Esse é o maior período de vitórias de um fabricante em toda a história do rali.