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Que tal correr o Dakar de Vespa? Foi o que quatro franceses fizeram em 1980

Lucas Carioli 11 de janeiro de 2024

Deserto, dunas, bandidos e muito calor. Não parece o melhor cenário para andar de Vespa, mas foi o que quatro pilotos franceses fizeram ao participar do Rali Paris-Dakar de 1980.

As Vespa reunidas na Place du Trocadéro em Paris.

Em suas primeiras edições, o Paris-Dakar era uma aventura realmente emocionante. Além dos veículos quase improvisados e sem rastreamento via satélite, o rali atravessava distâncias muito maiores no norte da África, sempre cheia de piratas do deserto armados até os dentes.

Em sua segunda edição, em 1980, a odisseia de 10.000 km e 18 etapas começou, como sempre, pelas ruas de Paris na virada do ano, para depois atravessar a Argélia, Mali, Alto Volta, até a chegada em Dakar, a capital do Senegal, 23 dias depois.



A maluquice foi bancada pela Vespa da França e pelo Grupo Piaggio, dono da marca, com o patrocínio do jornal francês L’equipe. Eles contrataram quatro pilotos, Bernard Tcherniavsky, Bernard Neimer, Mark Simonot e Jean-Louis Albera, com experiência em provas de enduro nacionais.

A Piaggio forneceu quatro unidades Vespa PX 200. Elas eram praticamente originais, com exceção de pneus Off-Road, tanques de combustível ampliados, filtros de ar externos, alças de transporte e um escapamento especial. Não se sabe se foram feitas modificações nos motores de 200cc.

O Grupo ainda enviou mecânicos de fábrica em quatro Land Rovers que serviram de apoio e também participaram do rali. Naquele tempo, um competidor que se perdesse no deserto poderia ficar a deriva por dias em temperaturas que variavam dos 50º a -10º a noite.

É claro que as Vespas eram naturalmente inapropriadas e tiveram que ser empurradas em muitas ocasiões. Nos piores trechos, algumas tiveram que ser carregadas nos Land Rovers simplesmente para continuarem na corrida, o que não passou despercebido pela direção da prova.



Um dos maiores problemas era com o pivô de borracha usados ​​para fixar a parte superior do amortecedor traseiro à estrutura de aço prensado da Vespa. Em uma condução normal, eles são confiáveis, mas em saltos, eles tendem a falhar, o que aconteceu inúmeras vezes.

Outro problema, mas que aconteceu só na Vespa de Bernard Neimer, foi o colapso total do quadro. Apesar das contínuas soldas feitas pelos mecânicos da Piaggio, as rachaduras acabaram se tornando tão graves que Neimer foi forçado a abandonar antes que o scooter se partisse em dois.

No final, apenas duas Vespa conseguiram chegar à Dakar e apenas uma, a de Simonot, por conta própria. A de Tcherniavsky quebrou na praia e precisou ser rebocada pelo Land Rover de apoio. Das 90 motocicletas que saíram de Paris, apenas 25 cruzaram a linha de chegada.

Com tantos empurrões e reboques, a direção da prova não os considerou nos resultados finais. Mas a aventura, como podemos ver, entrou para a história. Talvez os problemas poderiam ter sido minimizados com mais testes e preparação.



Naquele tempo, o Dakar tinha um espírito de vale-tudo que atraia aventureiros. Em 1981, um cara resolveu correr com um Rolls Royce. Em 1982, o filho da primeira ministra britânica Margaret Thatcher se perdeu e precisou ser resgatado pelo fundador do evento, Thierry Sabine.

Em 2011, dois italianos repetiram o feito e também conseguiram terminar o Dakar de Vespa, a pouco mais de quatro horas do vencedor, Marc Coma. Mas esse já foi na América do Sul, em um Dakar muito mais profissional e controlado, porém menos fascinante.

Tags: Grupo Piaggio História Paris Dakar Rali Dakar Vespa

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