Lucas Carioli Fabio Quartararo se esforçou ao máximo nos testes coletivos do Catar, os últimos antes do início da temporada 2024 de MotoGP. Mesmo assim, o campeão de 2021 não foi além de um 14ª lugar a mais de um segundo do líder.
A melhor volta de Quartararo (Yamaha) nos Testes do Catar, 1min51s965, foi cerca de meios segundo mais rápida do que a atingida durante a classificação da corrida em outubro do ano passado (1min52s524). Só que Pecco Bagnaia (Ducati) voou baixo e atingiu 1min50s952.
A evolução de meio segundo é bem parecido com a observada nos Testes Coletivos de Sepang, há duas semanas. Embora os tempos de testes devam ser sempre vistos com cautela, a impressão que fica é de que a Yamaha evoluiu menos do que se esperava para 2024.
“Ainda há muito a fazer. A aderência da roda traseira é uma das coisas principais. Eu estava atrás de [Enea] Bastianini na simulação de sprint e pude ver muitas coisas que eles estavam fazendo muito melhor que nós. Esta é uma boa informação para nós“, disse polidamente Quartararo.
Especialmente em modo de ataque, os pilotos da Yamaha atingem os seus limites mais rapidamente do que a concorrência: “Em determinados momentos a nossa moto já não funciona. Mas acredito que temos espaço para melhorar. Mas temos que encontrar essas coisas que nos dão mais aderência“, explicou.
Uma das grandes esperanças da Yamaha é o trabalho de Massimo Bortolini, ex-braço direito de Gigi Dall’igna na Ducati e especialista em pneus, que está trabalhando com os japoneses há um mês e meio. Mas Quartararo acha que o técnico precisa de mais tempo para mostrar seu valor.
“É importante ter alguém que tenha uma ideia de como é a moto mais rápida do momento, mas ele ainda precisa de mais tempo para ver onde podemos melhorar”, opina o francês. “Precisamos de mais tempo e de mais testes. Acho que precisamos de mais três a quatro meses para ver o progresso da nossa moto. Espero que eles sejam perceptíveis.“
O contrato de Quartararo com a Yamaha termina ao final dessa temporada, mas ele preferiu não comentar o futuro. “Isso depende, veremos” se limitou a dizer. “Acredito muito no projeto. Apesar de ser muito complicado neste momento, sinto que eles estão dando o seu melhor. Não penso no meu futuro agora. Estou pensando em melhorar nossa moto.”
