A QJ Motor apresentou, para o mercado asiático, a SRK 600 RR, uma supersport com motor de quatro cilindros em linha que pretende conquistar todos os órfãos desse tipo de motocicleta há muito descontinuadas pelas gigantes japonesas.
Já disse em outras oportunidades e não custa repetir: se você gosta de motos da velha guarda, com motores grandes, de múltiplos cilindros à combustão, é para as fabricantes chinesas, cada vez melhores no processo de produção, que você deve olhar.
Essa SRK 600 RR é o mais novo exemplo: o design desenvolvido pelos chineses é absolutamente familiar, O grupo ótico dianteiro é a cara da Ducati Panigale. As laterais parecem que saíram diretamente de uma Honda CBR600RR; e ainda há uma opção tricolor igualzinha à BMW S1000RR.
No centro de tudo está o mais excitante, o motor: trata-se de um quatro cilindros em linha de 599 cm³ capaz de desenvolver 81 cv a 11.000 rpm e 51 Nm a 10.500 rpm. Dez anos atrás seriam números de encher os olhos. Mas, com um quadro de aço, o peso total chega a 225 kg.
Na mesma toada esportiva são os garfos invertidos KYB e o braço oscilante feito de alumínio. Para frear, discos duplos na roda dianteira 120/70-17 com pinças Brembo. A roda traseira tem um largo pneu 180/55-17, mesma medida de uma CBR600RR, por exemplo.
Especificações bem ortodoxas para uma supersport do tipo, mas eis que vem a parte mais interessante: a eletrônica. Dotada de uma moderna centralina, a SRK 600 RR vem com um controle de estabilidade em curvas (MSC), que calcula o ângulo de inclinação para o melhor desempenho.
Além disso, a motocicleta conta com controle de tração, controle de freio-motor e assistente de partida em subidas. Tudo é controlado em um display TFT com comandos retroiluminados. A iluminação é toda de LEDs. A moto é iniciada sem chave e pode ser localizada a uma distância de até 50 metros.
Antes das centralinas eletrônicas se tornarem capazes de modular o caráter de uma motocicleta, as supersport racing de 600cc e 750cc eram um nicho disputadíssimo, pois faziam a ponte para as 1000cc, que eram muito mais caras e indomáveis.
Hoje o segmento é muito mais pacato e racionalizado com modelos muito menos esportivos, como Yamaha R7, Aprilia RS660 e Kawasaki Ninja 650, todas bicilíndricas. É esse público saudoso das velhas tetracilíndricas que a QJ Motor vai seduzir. Preço e disponibilidade não foram informados.