Novos registros de patente detalham as novidades aerodinâmicas planejadas pela Honda para a próxima geração da CBR1000RR Fireblade. A aclamada superbike poderá conter asas móveis ou retráteis na carenagem dianteira.
Os desenhos descobertos pela imprensa britânica detalham o funcionamento de quatro pequenas asas (duas de cada lado) posicionadas na parte frontal, próximo às bengalas dianteiras. Mas ao contrário dos apêndices vistos na MotoGP, elas podem ser recolhidas para dentro da carenagem.
A patente mostra que as quatro asas tem a sua posição padrão “aberta”, mas sua retração pode ser feita através de cabos conectados a servos motorizados na parte traseira dos winglets. O que não fica claro é se esse acionamento será feito através de um botão pelo piloto ou pela própria ECU da motocicleta.
Introduzidas pela Ducati na MotoGP em 2015, as asas tornaram-se uma verdadeira febre, com praticamente todas as montadoras aderindo a seus benefícios. Nos últimos anos, a novidade começou a chegar às superbikes de produção, como a Panigale V4 R e a Aprilia RSV4.
Leia também
Honda trabalha em motor com injeção direta para a África Twin
BMW registra patente de motor supercharger elétrico
Honda do Brasil anuncia disponibilidade da Fireblade modelo 2019
Graças a um ângulo de ataque acentuado, as asas ajudam a criar uma força descendente, útil para manter a roda dianteira no chão na aceleração e aumentar a aderência nas curvas. Em linha reta, no entanto, elas só produzem arrasto aerodinâmico, sem benefícios. A solução? Recolha os winglets de volta na carenagem quando não forem necessários. Simples.
Na MotoGP, a Honda utiliza uma asa dianteira um tanto extravagante nas RC213V de Marc Márquez e Jorge Lorenzo, com um desenho que se assemelha a uma gravata borboleta. Elas não são retrateis, pois o regulamento da categoria não permite a utilização de peças móveis na motocicleta e sim que sejam parte de sua estrutura.
Nas estradas, no entanto, isso não precisa ser obedecido e, como sua utilidade é limitada a apenas à competição (sendo até perigosas no uso cotidiano), o projeto de asas retrateis da Honda faz muito sentido. A patente também mostra claramente espelhos retrovisores, luzes traseiras e um suporte de placa, não deixando dúvidas de que se trata de uma moto de rua e não de corrida.
Desde a sua introdução em 2016, a atual geração da CBR1000RR Firebalde não tem feito muito sucesso nas pistas e nas ruas. Embora tenha qualidades dinâmicas inegáveis, parece que o público atual deseja algo que seja mais próximo à RC213V que tanto sucesso faz com Márquez na MotoGP.
A expectativa, portanto, é de que a próxima geração seja radicalmente diferente da atual e muito tem se falado sobre como seria. Desde a uma cilindrada aumentada para 1.100 cm³ até a um novo motor V4 com válvulas variáveis. Com a aproximação do Euro5, a Honda não deve demorar muito mais para revelar a sua nova lâmina de fogo.