A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (ABRACICLO) divulgou os resultados da indústria em 2023. A produção nacional cresceu mais de 11% o melhor resultado desde 2013.
De acordo com a entidade, foram produzidos no Polo Industrial de Manaus 1.573.221 unidades, ao passo que em 2022 haviam sido 1.413.222. Um desempenho que superou a expectativa da associação de alcançar 1.560.000 unidades produzidas.
“Todas as fabricantes mantiveram o ritmo de produção, apesar das dificuldades surgidas no decorrer do ano. Isso comprova o esforço do setor na busca do crescimento sólido e sustentável”, explica Marcos Bento, presidente da Abraciclo.
A Abraciclo também faz o levantamento de emplacamento e os seus resultados não são diferentes daqueles divulgados pela Fenabrave: 16% de crescimento em relação a 2022. A Street foi a categoria mais licenciada, seguida pela Trail e Motoneta.
As motocicletas de média cilindrada, no entanto, apresentaram o maior crescimento porcentual. Foram licenciadas 234.529 motocicletas em 2023, volume 21,3% superior ao registrado em 2022. Ainda assim, as pequenas representam 82% do nosso mercado.
Por outro lado, as associadas da Abraciclo exportaram 32.931 motocicletas em 2023, uma retração de 40,5% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, foram 1.069 unidades, exportadas, uma redução de 72,8% na comparação com o mesmo mês de 2022 e de 25,6% em relação a novembro.
Para 2024, a expectativa da Abraciclo é a produção de 1.690.000 motocicletas, o que corresponde a um crescimento de 7,4%. No varejo, a perspectiva é que sejam emplacadas 1.700.000 motocicletas, volume 7,5% superior em relação a 2023.
“A projeção se baseia nos cenários macroeconômicos do Brasil, considerando fatores como as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, variações nas taxas de juros, confiança do consumidor etc. Nossa meta é seguir crescendo de forma sustentável e retornar ao patamar de produção de dois milhões de unidades nos próximos anos”, afirma Bento.
A última vez que a produção anual de motocicletas ultrapassou 2 milhões de unidades foi em 2011; o nosso recorde, entretanto, aconteceu em 2008, com 2.140.907 unidades. Por outro lado, nosso ponto mais baixo aconteceu em 2017, com apenas 882.876 unidades.
