O presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) Vito Ippolito amenizou o tom sobre Romano Fenati, que foi chamado para depor em um tribunal na Suíça. O político garante que a sessão não será para crucificá-lo e ainda comparou o caso com os de Valentino Rossi e Marc Márquez.
Fenati ganhou as manchetes do mundo todo após puxar o freio dianteiro de Stefano Manzi, enquanto disputavam posição no Grande Prêmio de San Marino de Moto2, realizado no último domingo (9) em Misano, na Itália.
De lá para cá, Fenati (que já tinha histórico de confusões) foi condenado por onde passou, sendo desclassificado da corrida, perdendo seu lugar na equipe (e na do ano que vem), além de ter sua permissão para pilotar cassada pela Federação Italiana, além da convocação da FIM.
“Uma coisa que quero esclarecer imediatamente é a razão da convocação de Romano Fenati. Nós não o chamamos para crucificá-lo, mas sim para ouvi-lo”, antecipou Ippolito ao GPone. “Nosso objetivo, na verdade, é analisar os fatos objetivamente, para tomar uma decisão. Tudo pode ficar como está ou ser julgado. Nossa intenção é colocar um fim definitivo a este assunto, porque não gostamos do burburinho da mídia que vimos nas redes sociais. Não está certo. A data da audiência provavelmente será terça-feira”.
Ippolito também garantiu que a FIM será mais rigorosa quanto a esses casos no futuro e ainda fez uma revelação surpreendente sobre Marc Márquez e Valentino Rossi, que colidiram novamente no Grande Prêmio da Argentina, no começo do ano.
“Sim, essa será nossa atitude no futuro e eu vou fazer uma confissão: quando esse incidente ocorreu entre Márquez e Rossi na Argentina eu não estava de acordo com a decisão tomada, eu queria a bandeira preta”, disse Ippolito. “E quando eles me disseram que isso não alteraria o resultado, eu respondi: mas a impressão que fica de fora é muito diferente! Uma bandeira negra não significa apenas zero pontos, significa que uma ofensa séria foi cometida”, aponta.
Sobre Sepang 2015, Ippolito também afirma que teve pouco poder de decisão: “Infelizmente, naquela ocasião, ainda tínhamos o notório sistema de pontos. Eu não gostei desse sistema porque ele tirou a responsabilidade dos juízes. Então eles disseram: ‘Rossi já tem um ponto, vamos dar a ele mais três, então ele terá quatro e vai começar do fim da grid’. Esse tipo de raciocínio não atribui as responsabilidades certas”, opina.