De acordo com os jornalistas espanhóis, Jorge Martin já estaria tentando se livrar da Aprilia. Mas por que o campeão mundial quer deixar a moto que mal conseguiu pilotar? Uma oferta milhonária pode estar por trás de tudo isso.
Quando ficou claro, no ano passado, que a Ducati de fábrica não havia o escolhido para o lugar de Enea Bastianini, Jorge Martin imediatamente assinou um contrato com a Aprilia, que havia vencido o GP dos EUA com Maverick Viñales e era claramente a segunda melhor moto de 2024.
Mas em 2025 a situação parece um pouco diferente. Os pilotos da Aprilia estão enfrentando dificuldades em lutar pelas primeiras posições. Na classificação do Campeonato, o novato da Trackhouse, Ai Ogura, é o melhor, em 10ª lugar. O companheiro de Martin, Marco Bezzecchi, é apenas 12ª.
Nas poucas voltas que conseguiu percorrer na pré-temporada, Martin também encontrou uma motocicleta muito diferente da Ducati que fora campeão, resultando em uma queda em Sepang. Quando voltou no GP do Catar, outra queda durante a corrida, dessa vez mais séria.
Quando Martin foi para a Aprilia, seu contrato tinha cláusulas que mantinham uma “porta aberta” para uma mudança caso a moto italiana não fosse competitiva o suficiente. Isso significa uma moto que não consiga acompanhar a Ducati ou pelo menos andar perto dela.
É óbvio que há uma boa opção por trás de tudo isso. Martin também certamente não quer abrir mão do status de piloto número 1. A Ducati escolheu Marc Márquez. A Yamaha tem Fabio Quartararo. A KTM, em situação de falência, não é mais desejada por ninguém. Então só resta a Honda.
A maior fabricante de motocicletas do mundo não está medindo esforços para melhorar a RC213V e os resultados estão aparecendo. Johann Zarco acaba de vencer o GP da França, ajudado pelas circunstâncias, é claro, mas é preciso ter uma montaria que o coloque no lugar certo e na hora certa.
Nas últimas semanas ficou notório os esforços dos japoneses em procurar um novo líder para o seu projeto. Eles teriam feito uma grande oferta a Pedro Acosta. Também parecem estar negociando com Toprak Razgatlioglu. É óbvio que eles estão se mexendo nos bastidores.
Mas a Aprilia também não vai deixar a sua estrela sair tão fácil. Como qualquer contrato, este deve conter uma cláusula de saída que pode ser ativada de três maneiras: 1: por uma cláusula de rescisão contida no contrato; 2: por um acordo de cavalheiros; 3: por ação legal.
De qualquer maneira, conviver com um piloto que não quer estar ali não é a solução mais produtiva para ambas as partes. As próximas semanas serão decisivas para o desenrolar dessa história, que já deverá desenhar o grid da temporada 2027, quando uma nova MotoGP emergirá.