A morte de Nicky Hayden deixou uma enorme lacuna no motociclismo e também um processo legal. De acordo com a justiça italiana, o motorista que atropelou o piloto norte-americano levou a maior parte da culpa no acidente ocorrido há quatro meses.
O Ministério Público de Rimini apresentou um relatório assinado pelo perito Orlando Omicini, no qual ele aponta o motorista do carro (um Peugeot 206) como principal causador da morte de Hayden e agora enfrentará acusações de homicídio.
A investigação concluiu que o condutor trafegava a 72,7 km/h, uma velocidade significativamente maior do que os 50 km/h permitidos na via. O Ministério Público observa que se o carro estivesse dentro dos limites, o acidente poderia ter sido evitado ou, no pior dos casos não teria um desfecho tão trágico.
Hayden, no entanto, não ficou isento de críticas. Omicini também apontou que o piloto não respeitou o sinal de parada que regulava o trânsito na intersecção atravessando o caminho do Peugeot, que circulava acima do limite de velocidade. A culpa, portanto, ficou dividida entre os dois envolvidos, mas com maior responsabilidade no motorista.
Na acusação, o Ministério Público descreve que a morte de Hayden foi causada por imprudência e negligência, além de não respeitarem as regras de circulação. O motorista agora enfrentará acusações de homicídio culposo se a defesa não apresentar novas alegações de um relatório independente.
O acidente aconteceu no dia 17 de maio, quando Hayden se exercitava de bicicleta na região de Rimini (onde fica o circuito de Misano) na Itália. A morte ocorreu quase uma semana depois, no dia 22. O norte-americano, campeão da MotoGP de 2006, vinha competindo pela Ten Kate Honda no World Superbike.