A próxima temporada da MotoGP pode voltar a contar a equipe de Sito Pons, uma das mais tradicionais do Mundial de Motovelocidade. O principal piloto seria Pol Espargaró, reatando uma parceria que foi campeã mundial na Moto2 em 2013.
A debandada de três equipes (Forward, Ioda-Aprilia e AB Racing) deixou espaços vagos no grid da MotoGP. Apenas 21 pilotos estão inscritos para 2016, mas a Michelin já informou que tem capacidade para fornecer pneus a até 24 pilotos.
Agora que o Mundial está mais acessível, com ECU padronizada e preços mais contidos, abriu-se uma espécie de processo seletivo para 2017. Uma vaga já está reservada para a KTM. As outras podem ficar com novas equipes satélite e uma delas teria a liderança de Sito Pons.
Campeão do mundo como piloto e chefe de equipe
Pons foi duas vezes campeão do mundo nas 250cc (em 1988 e 1989), antes de pendurar o capacete em 1991. O espanhol, no entanto continuou como chefe de equipe, liderando pilotos como Alex Crivillé, Carlos Checa, Loris Capirossi, Max Biaggi e Alex Barros, que venceu o GP do Japão de 2002 com uma Honda NSR500 de sua propriedade.
A equipe de Pons continuou como uma das principais da categoria até 2005, quando a saída da tabacaria Reynolds (sua principal patrocinadora) inviabilizou a continuação na MotoGP. Após alguns anos de ausência, o time retornou em 2010 com a reformulação das 250cc, que passou a se chamar Moto2.
Sempre utilizando chassis Kalex, Pons chegou ao título mundial em 2013 com Pol Espargaró em uma disputa emocionante contra Scott Redding. É essa parceria que os espanhóis querem reviver na MotoGP em 2017.
A possibilidade ganhou força porque a partir do próximo ano, cada fabricante precisará ter quatro motos na pista, de forma direta e indireta. Como haverá seis equipes de fábrica (Honda, Yamaha, Suzuki, Ducati, Aprilia e KTM) a situação fica muito atraente para a chegada de um time satélite.
Com seus 15 anos de experiência apenas como chefe de equipe, patrocinadores leais e financeiramente fortes, Pons tem sido capaz de oferecer o pacote mais promissor à Dorna, a entidade que promove e regulamenta a MotoGP.
Quanto à Espargaró, sua união com Pons faz sentido porque o espanhol pode deixar sua atual equipe, Tech3 Yamaha no final do ano. O time de Hervé Poncharal já avisou que pretende se tornar uma equipe júnior da Yamaha, uma espécie de estágio até a chegada ao time principal, pré-requisitos que o piloto de 24 anos não se encaixa.