A KTM está apenas estreando na MotoGP, mas seus planos são ambiciosos, segundo revelou seu principal piloto, Pol Espargaró. O espanhol afirma que a marca austríaca quer disputar o título dentro de três anos.
Espargaró deu uma entrevista bem reveladora ao site oficial da MotoGP, onde contou sobre os planos da marca de Mattighofen, embora até o próprio duvide de que isso seja possível em tão pouco tempo.
“A KTM disse que quer estar disputando o título em três anos… para mim isso parece difícil e quase impossível, mas vou confiar neles. Estou aqui para vencer corridas e eles já tentaram em todas as áreas, por que não na MotoGP? Eu não sei, a vida é feita de aventuras, então vamos tentar. O desenvolvimento é rápido, você não pode imaginar o que vai acontecer no meio da temporada. Estou esperando para estar lutando por pontos o mais rapidamente possível. Vai ser difícil, mas confio na KTM.” (Pol Espargaró)
Espargaró também fez revelações interessantes sobre a própria carreira, contando que teve a chance de entrar para a Suzuki dois anos atrás, mas recusou a oferta. Ao ser abordado pela KTM, portanto, o espanhol não quis perder uma segunda chance de correr em uma equipe de fábrica.
“Alguns anos atrás, na Moto2, eu estava correndo com alguns pilotos que agora estão vencendo corridas e é um pouco frustrante porque sei que posso fazer isso, mas não onde eu estava. A KTM entrou na MotoGP com um projeto muito bom junto com a Red Bull, eles me ofereceram e eu disse: ‘Sim. Isto é o que eu quero, é onde quero ir’. Depois do meu primeiro ano na Tech3 Yamaha, tive a oportunidade de ir para a Suzuki e eu disse: ‘Não, eu quero ficar na Yamaha’. Depois do que meu irmão fez, depois do que Viñales fez pensei: ‘Eu fiz a escolha errada’. Quando a KTM apareceu eu disse ‘OK, não sei se vai ser como a Suzuki, melhor, pior… mas com certeza é uma fábrica e eles têm esse espírito de ganhar”.
No Grande Prêmio do Catar, que marcou a estreia da KTM na MotoGP, Espargaró finalizou a corrida na 16º posição a 33 segundos do vencedor, Maverick Viñales. Apesar da distância o piloto disse que se sente bem na RC16: “Eu sinto a moto minha, é selvagem, é forte nos pontos de frenagem, e eu gosto de frear tarde, dentro da curva“, disse. “Eu gosto do jeito de se pilotar esta moto e acho que é um pouco melhor para mim do que a Yamaha“, comparou.