Skip to content
Notícias Motociclísticas

Notícias Motociclísticas

Informação de qualidade em duas rodas.

  • Notícias
    • Recall
    • Matérias Especiais
  • Segredos
  • Alta Rotação
    • MotoGP
      • Moto2
      • Moto3
    • WorldSBK
    • MotoE
    • Endurance
    • Road Racing
      • Ilha de Man
      • North West 200
      • Macau
      • Ulster Grand Prix
    • Superbike Brasil
    • Moto1000GP
    • Off Road
  • História
    • Motos Históricas
  • Technik
  • Conceitos e Customizações
  • Vídeos
  • Notícias

Pilotando uma Suzuki GSX 1100 Katana restaurada

Lucas Carioli 20 de outubro de 2016


Pilotar uma motocicleta clássica sempre é uma sensação inesquecível. Ainda mais quando se trata de uma Suzuki GSX 1100 S Katana 1982, reconstruída com todo o amor e carinho na garagem desse colecionador inglês.

Suzuki GSX1100SZ Katana (1982) 1
Graças à uma caprichada restauração, essa Katana está afiada como nova.

Lançada como conceito no Salão de Colônia de 1980, a Katana era revolucionária. O nome remete à letal espada utilizada pelos soldados aristocráticos japoneses, mais conhecidos como “samurais”. Longa e afiadíssima, a arma era temida pelos oponentes. A motocicleta deveria causar a mesma impressão.

Para tanto, a Suzuki decidiu inovar e, pela primeira vez em sua história encomendou o desenho a uma empresa terceirizada. O vencedor foi o projeto apresentado por Jan Fellstrom, da alemã Target Design. O conceito era bastante ousado, o primeiro a apresentar uma integração entre o tanque de combustível e o farol carenado.

A versão de produção foi revelada no final de 1981 e não diferenciava muito do conceito. A Katana já chegou abafando, ganhando o título de moto de produção mais veloz feita até então. Também foi um sucesso de vendas e seu design teve um impacto duradouro na indústria motociclística. Partes de seu conceito ainda estão presentes em muitas esportivas atuais.

S__gsx_1100_s_katana_1000x671
A Katana original estabeleceu novos padrões na indústria.

O mesmo impacto aconteceu entre a molecada da época, que passou a sonhar com uma Katana. Um deles era Niall Gledhill: “Eu a vi um dia quando ainda era criança, mesmo antes de ter motos“, disse o britânico. “Ela não se parecia em nada com o que tinha nas estradas ou o que as pessoas estavam andando naquele momento.”

Como normalmente acontece nesses casos, esse desejo ficou adormecido, até que em um domingo à noite, Gledhill achou uma GSX 1100 S (a versão mais esportiva) a venda no Ebay por apenas mil libras. Já possuindo outras motos, a ideia não foi bem recebida em casa: “você já tem uma, não pode ter outra“, dizia sua mulher. Ele, no entanto conseguiu convencê-la ao dizer que a moto seria para ela.

Gledhill saiu à caça da moto no dia seguinte. A ansiedade era tamanha que o britânico desajeitadamente pegou uma van emprestada na concessionária Hyundai onde trabalhava, mas esqueceu completamente de levar uma rampa ou tiras para amarrar a moto. Conforme o descrito no anúncio, a Katana pegou de primeira e a paixão reacendeu na hora.


Suzuki GSX1100SZ Katana (1982) 9
Os carburadores Mikuni precisaram de uma limpeza profunda.

Apesar de funcionar bem, faíscas de combustão no arranque denunciavam excesso de combustível nos carburadores, que foram retirados assim que chegou em casa. Após 34 anos, a Katana tinha um aspecto gasto, mas estava em bom estado geral. No entanto, era uma peça nobre demais para deixar assim e Gledhill bolou um plano de rejuvenescimento sem gastar uma fortuna no processo.

Para economizar custos, Gledhill desmontou inteiramente a Katana em casa, catalogando suas partes em níveis de restauração como: peças para serem pintadas, peças para serem retificadas, componentes que necessitavam de atenção especial e outros que deveriam ser comprados novamente.

Braço oscilante, pinças, protetor de corrente, bandeja de bateria, suportes de carenagem, suportes do para-brisa e vários outros pequenos acessórios foram lixados e repintados, a maioria em preto. O quadro em berço duplo recebeu novamente a sua cor prata original. O trabalho caseiro permitiu a Gledhill economizar e ter horas de prazer conhecendo a Katana de dentro para fora.

Suzuki GSX1100SZ Katana (1982) 5
Painel bastante moderno para 1982.

Outras peças como a caixa de ar, manetes, amortecedores, bengalas e tampa de motor foram cromadas novamente. As rodas de liga-leve foram limpas, assim como as pinças e os pistões dos discos de freio, que já eram vazados para uma melhor refrigeração. Poucos componentes precisaram ser substituídos ou adaptados, como o suporte da alavanca de embreagem, que veio de uma Kawasaki.

Como o motor estava relativamente em ordem, Gledhill optou por não se envolver em uma profunda e cara retificação preferindo trocar apenas retentores e juntas. Além da limpeza nos quatro carburadores Mikuni BS34SS (que estavam completamente sujos de restos de gasolina necessitando ficar de molho por dias), apenas as tampas foram repintadas.

Para finalizar, a pintura foi inspirada em uma Katana australiana que Gledhill viu online. A cor é chamada de azul gelo (Ice Blue), a mesma utilizada no Subaru Impreza WRX STI WR1. A capa do assento foi refeita em vinil ao invés do camurça original. O feliz proprietário afirma que a motocicleta roda que é uma beleza e já viajou por mais de mil quilômetros sem uma única falha.


Ao guidão

Suzuki GSX1100SZ Katana (1982) 7Gledhill emprestou a moto aos experientes editores do Motorcycle News. Segundo eles, não parece que estamos pilotando uma moto de 34 anos. A posição de pilotagem, por exemplo, não é muito diferente de uma GSX-R1000 recente ou até mesmo uma Hayabusa. Ou seja, após todo esse tempo, a Katana ainda continua sendo uma legítima esportiva e não é o que podemos chamar de confortável.

O motor, um quatro cilindros em linha de 1074 cm³, com duplo comando, refrigerado a ar tem um ronronar distinto que você só ouve com os escapamentos originais. O comportamento também é único, com excelente torque em baixa sem perder a suavidade. Como em toda Suzuki, o câmbio tem engates precisos e, apesar de possuir apenas cinco marchas, você não sente necessidade de mais, tão bem escalonadas que são.

Apesar dos avanços, a Katana foi construída em uma época onde a preocupação com a ciclística vinha depois da potência, de modo que as curvas pedem moderação. Ela se sai muito bem forçando em até 75%. Além disso, se torna instável e você se depara com os limites das suspensões dos anos 80, seu longo entre-eixos e o alto peso (243 kg em ordem de marcha), que limitam bastante a potência (por volta dos 110 cv a 9.500 rpm).

Mas agora, a Katana não tem mais obrigação de satisfazer consumidores. Mesmo assim, o piloto moderno mantém aquela agradável sensação de estar ao comando de algo muito especial e, também, incomum. São essas máquinas que realmente entram para a história e valem a pena restaurar e colecionar.



Tags: GSX1100SZ Katana Matérias Especiais Restaurações Suzuki

Continue Reading

Previous: Suzuki GSX-R 250 surge em salão chinês
Next: Com tecnologia da MotoGP, Michelin lança novo pneu de rua: Power RS

Leia também

Mais uma na caixa: Yamaha FZR 750R 1990 com 1 quilômetro no hodômetro
  • Notícias

Mais uma na caixa: Yamaha FZR 750R 1990 com 1 quilômetro no hodômetro

5 de junho de 2025
Influência da Bajaj sobre a KTM tende a aumentar nos próximos anos
  • Notícias

Influência da Bajaj sobre a KTM tende a aumentar nos próximos anos

4 de junho de 2025
Honda CB500X dá lugar à NX 500 no modelo 2026. Veja as mudanças
  • Notícias

Honda CB500X dá lugar à NX 500 no modelo 2026. Veja as mudanças

4 de junho de 2025

Notícias Motociclísticas

Notícias Motociclísticias© Todos os direitos reservados | DarkNews by AF themes.