A vitória de Danilo Petrucci no GP da França realizado ontem (11) em Le Mans pode ter surpreendido muita gente, mas não o piloto da Ducati. Aqui, o italiano conta como fez para deixar todos os concorrentes para trás.
Desde a sua primeira vitória, no GP da Itália do ano passado em Mugello passaram-se 16 meses. Nesse período, Petrucci jamais havia conseguido repetir o mesmo nível de competitividade, o que fez com que perdesse o seu lugar na Ducati. O piloto de 30 anos, no entanto, sabia que poderia vencer novamente.
“Depois da classificação já me sentia muito mais leve e muito mais determinado. É fácil dizer agora, mas queria lutar pela vitória em quaisquer condições. Já fazia muito tempo que não vencia e hoje eu queria muito”, admite Petrucci. “A pior sensação era que Mugello seria a única vitória, mas a sensação que tive no pódio era que não seria. Vi que ia ganhar na saída da última curva, porque não sabia o quanto Álex Márquez poderia se aproximar. Já que o irmão dele sempre tirou a vitória de mim aqui nos últimos anos, não queria que Alex fizesse o mesmo [risos]“.
Petrucci, que sempre se destacou na pista molhada, já dava sinais de estar forte desde o sábado (10), quando conquistou a terceira posição no grid de largada. Na corrida, o italiano se aproveitou das dificuldades dos pilotos da Yamaha para assumir o comando da prova.
“Eu queria vencer desde o sábado, como se diz, tinha tudo preparado. Eu queria ficar na liderança para sair dos problemas, havia Jack Miller e Alex Rins chegando, mas queria ganhar, não tinha nada a perder, não havia ordens de equipe. Me ajudou ver a corrida nos telões, para perceber quem estava chegando, quando atacar e quando me defender, estou muito contente“, destacou.
Sobre a sua demissão, Petrucci garante que não tem ressentimentos, mas espera encontrar na KTM a confiança que a Ducati não lhe deu: “Nunca perdi a fé em mim mesmo, na MotoGP são os detalhes que fazem a diferença. Levei tapas morais, mas no final estou feliz por estar de volta aqui. Mudar de equipe vai me ajudar. Dou 100% e preciso de pessoas a minha volta que acreditem 100% em mim“, admite. “No ano passado não foi assim, aliás, no final, eu já sabia que não estava na lista de pilotos e, a partir daquele momento me concentrei apenas em mim mesmo“, revelou.