Danilo Petrucci participou do GP da França com uma Ducati oficial, o que não acontecia há três anos. E o italiano ficou muito impressionado com a GP23. “Eles corrigiram todos os pontos fracos que a moto tinha“.
Petrucci correu de Ducati na MotoGP entre 2015 e 2020, primeiro pela equipe satélite Pramac e nos últimos dois anos no time oficial, conquistando duas vitórias. Para 2021, o simpático italiano ficou sem lugar na marca, retornando em 2022 pelo MotoAmerica e em 2023 no WorldSBK.
Como Enea Bastianini ainda não estava suficientemente recuperado para assumir o seu lugar na Ducati, a equipe telefonou para Petrucci, que venceu o GP da França de 2020 debaixo de chuva. O italiano aceitou na hora, chegou em 11º e depois contou o que achou da atual Desmosedici.
“Gostaria de ter tido esta moto há três anos, mas tudo bem. Eles resolveram os pontos fracos, que eram a entrega de potência e o manuseio da moto. Desde a primeira curva já senti que a moto era muito mais dócil no meio da curva“, analisou Petrucci.
“A transição entre acelerador fechado e acelerador aberto é quase inexistente, e isso faz com que a moto vire quando não há aderência ou se você está muito inclinado, e ao mesmo tempo eles mantiveram a impressionante potência da Ducati“, acrescentou.
Petrucci admite que essa Ducati “é a melhor moto que já andei, pena que acabou no domingo” e, embora saiba que talvez não volte a andar nela, admite que está encantado pela oportunidade que lhe foi dada: “Voltei com a equipe com a qual ganhei, num circuito em que já ganhei… foi um presente que a vida me deu, como se fosse uma vitória.”
Agora, Petrucci voltará a se concentrar em sua Ducati Panigale V4R que compete no WorldSBK, uma moto que não tem a mesma química: “há algo que não entendemos lá. Em breve terei uma reunião com a Ducati para entender o que podemos fazer com o SBK“.
O piloto de 32 anos explica que onde mais sofre neste momento é na traseira, problema que Álvaro Bautista parece não ter: “ele freia com muito de ângulo na parte final da curva, acho que ele tem mais apoio do que eu e graças a sua pilotagem suave pode fazer a diferença“, opina Petrucci.