Pedrosa sobre sua participação curinga: “preciso entender como são as corridas atuais”

Quis o destino que Dani Pedrosa realizasse sua primeira entrevista de volta às pistas no mesmo dia em que Valentino Rossi anunciava sua retirada. O tricampeão espanhol disse o que espera de sua participação especial no GP da Estíria.

Pedrosa, que havia pendurado o capacete ao final da temporada 2018, vinha fazendo o trabalho de piloto de testes da KTM e finalmente aceitou o convite da marca para correr no GP da Estíria, a primeira de duas corridas no circuito Red Bull Ring, praticamente a casa da marca austríaca.

“É um prazer estar aqui. Quero agradecer à KTM por esta oportunidade,” disse Pedrosa. “Estamos aqui com o objetivo de entender como é a corrida de MotoGP atual, porque sinto que mudou um pouco. Parece que agora os pilotos se deparam com algumas situações que é difícil de replicar de fora. Por exemplo, eles reclamam muito da dificuldade de ultrapassagem na corrida, e isso implica que você deve se classificar muito bem. Queremos entender melhor isso. Existem também algumas peças para testar na moto.“

Pedrosa ainda afirma que gosta de seu papel como piloto de testes: “Estou gostando, porque posso pilotar com todas as sensações que uma MotoGP te dá, e ao mesmo tempo não estou exposto à pressão, embora eu tenha outros tipos de pressão“, revelou. “É ótimo andar algumas vezes por mês, porque é o que eu mais gosto, mas você tem que manter o foco. É diferente de quando eu corria, embora você continue fazendo reuniões técnicas como antes.“

Sobre a aposentadoria de Valentino Rossi: “É triste porque é algo que nunca se quer que aconteça, especialmente quando se está num nível elevado como ele há tanto tempo. Mas é algo que não se pode evitar, mais cedo ou mais tarde aconteceria, como com todos. Pessoalmente, tenho um respeito enorme por ele, porque ele já estava aqui antes de mim, tentei superá-lo e lutamos muitos anos e depois me aposentei e ele continuou. Tenho um grande respeito, desejo-lhe o melhor depois de sua aposentadoria.”

A KTM, portanto, terá cinco motos correndo na Áustria: Três oficiais, com Miguel Oliveira, Brad Binder e Dani Pedrosa; e duas com a equipe satélite Tech3 comandadas por Danilo Petrucci e Iker Lecuona. Os treinos livres para o GP da Estíria começam amanhã (6).