Agora aposentado das pistas, Dani Pedrosa refletiu sobre as inúmeras intervenções cirúrgicas que sofreu ao longo de sua carreira no motociclismo. O espanhol afirma estar seguro de ter sido submetido a mais de 200 pontos pelo corpo.
Conversando com a imprensa espanhola, Pedrosa explicou como as lesões podem afetar a percepção de um piloto nas pistas. O tricampeão mundial passou por 16 intervenções cirúrgicas em sua carreira, apenas no mundial.
“Uma lesão, dois, três, quatro… o número de lesões não afeta muito, mas muitas seguidas sim”, garante Pedrosa. “Lesões em momentos-chave são como cicatrizes mais profundas, mais difíceis de apagar, são momentos que marcam você, seu personagem e sua perspectiva muda um pouco“, afirma.
Para se ter uma ideia, Pedrosa sofreu sete intervenções cirúrgicas na região da clavícula, quebrou quase todos os ossos de ambas as mãos, os dois tornozelos (ainda em 2003) e foi operado três vezes com a temida Síndrome Compartimental. Remendos que lhe valeram a alcunha de ‘Samurai de Borracha’.
“Não sei exatamente quantos pontos eu tenho, mas tenho certeza que passa de 200“, analisa Pedrosa. Apesar de as cirurgias não serem boas lembranças, o espanhol afirma que é são experiências “a partir do qual você tem que obter a leitura mais positiva“.
E, apesar de ter assinado como piloto de testes da KTM, Pedrosa não deve ser visto em uma corrida novamente. Quem garante é seu novo chefe, Mike Leitner: “É uma decisão dele. Para nós nunca foi prioridade. Devemos respeitar que ele abandonou sua carreira como piloto. Que sentido teria parar sua carreira para fazer Wildcards? Se você quer ou não, era algo que estava claro“, afirma.