Dani Pedrosa pode não ter sido campeão, mas não vai deixar a MotoGP sem nenhum título. O espanhol, que anunciou ontem (12) a sua aposentadoria das pistas, receberá o status de “Lenda da MotoGP” na última etapa do ano, em Valência.
A confirmação veio da Dorna, a entidade que regulamenta e promove a MotoGP, ainda durante a conferência de imprensa que abre os trabalhos para o Grande Prêmio da Alemanha, em Sachsenring, nesse final de semana.
O título é dado somente a pilotos que não estão mais competindo oficialmente, condição que Pedrosa estará após o Grande Prêmio de Valência, em 18 de novembro. A homenagem teve também a aprovação do presidente da FIM, Vito Ippolito.
Pedrosa chegou ao campeonato Mundial em 2001, com apenas 15 anos de idade apoiado pela Honda e pela Movistar, então parceira da marca japonesa. O pequeno espanhol não demorou a mostrar seu valor, conquistando dois pódios no ano de estreia e suas primeiras três vitórias no ano seguinte.
Em 2003, com mais cinco vitórias incontestáveis, Pedrosa se sagrou campeão do mundo nas 125cc (hoje Moto3). No ano seguinte, moveu-se para as 250cc (Moto2) conquistando o título logo no seu primeiro ano. Com apenas 18 anos, o espanhol é, até hoje, o mais jovem campeão da classe intermediária.
Após o bicampeonato nas 250cc em 2005, Pedrosa era o nome do momento quando ingressou na Repsol-Honda em 2006. Nada menos do que 31 vitórias e 31 pole positions se seguiram, mas o espanhol nunca conseguiu ser campeão na classe principal. Seu melhor momento aconteceu em 2012, quando disputou o título com Jorge Lorenzo ficando com o vice.
Como “Lenda da MotoGP”, Pedrosa se junta à Giacomo Agostini, Mick Doohan, Geoff Duke, Wayne Gardner, Mike Hailwood, Daijiro Kato, Eddie Lawson, Anton Mang, Angel Nieto, Wayne Rainey, Phil Read, Jim Redman, Kenny Roberts, Jarno Saarinen, Kevin Schwantz, Barry Sheene, Marco Simoncelli, Freddie Spencer, Casey Stoner, John Surtees, Carlo Ubbiali, Alex Crivillé, Franco Uncini, Nicky Hayden, Marco Lucchinelli e Randy Mamola, homenageado em Austin esse ano.