Nenhum piloto causou mais do que Pedro Acosta nos testes coletivos de Sepang. O novato de apenas 19 anos pilotou entre os grandes como se já fizesse parte da MotoGP há muito tempo e deixou todos de queixo caído.
Campeão da Moto2 em 2023, Acosta foi o mais rápido no shakedown, na semana passada, e durante os testes coletivos, com todos as estrelas na pista, não se intimidou: chegou a 1min57s365, o suficiente para o nono lugar a meros 0s6 do tempo fenomenal marcado por Pecco Bagnaia (Ducati).
“Estou absolutamente satisfeito, também com a forma como foi o terceiro dia“, disse Acosta. “É claro que queríamos ver o que era possível hoje. A partir da segunda sessão consegui pela primeira vez o desempenho ideal da minha moto e foi fantástico. Mas ainda estou um pouco longe do desempenho total. Não consegui uma volta perfeita.“
Ninguém apostava que Acosta fosse andar atrás. O espanhol de Mazarrón, na província de Múrcia, é considerado um fenômeno, a maior revelação desde Marc Márquez. Mas o fato de já estar na frente desde o início impressiona. Apesar da autoconfiança visível, o adolescente tenta não soar arrogante.
“Pressão? É apenas uma palavra”, desdenhou o jovem. “Tenho vivido com a pressão nos últimos três anos da minha vida. Isso se tornou bastante normal. Mas não devemos nos impressionar muito no teste. Esses caras sabem dirigir rápido, não são estúpidos. Eles estarão na frente em um fim de semana de corrida. É por isso que é importante manter a calma.”
Para se ter uma ideia, Acosta colocou cerca de meio segundo sobre o muito mais experiente Jack Miller (14ª), que recebeu todas as inovações desenvolvidas pela KTM. Indo além, ele foi 1s4 mais veloz do que seu companheiro de equipe, o também campeão da Moto2, Augusto Fernandez (21ª).
O próximo teste de Acosta acontece dentro de duas semanas, entre 18 e 20 de fevereiro no circuito de Losail, no Catar, palco da primeira corrida da temporada em 10 de março. No ano passado, já com o título assegurado, o espanhol chegou apenas na 8ª colocação.