A queda repentina de desempenho de Pedro Acosta no GP do Catar teria sido causada não por desgaste nos pneus, mas por uma má postura do piloto sobre a moto durante a corrida, resultando em muitas dores nos antebraços. O espanhol pode estar com a temida síndrome compartimental.
Acosta (GasGas), que fazia a sua estreia na MotoGP, avançou diversas posições nas primeiras voltas e chegou a estar em quarto, na frente de Marc Márquez (Gresini), quando subitamente perdeu desempenho e recuou para a nona posição.
De início, pensou-se que o abuso de Acosta com os pneus seria a causa da perda de desempenho, já que a moto passou a deslizar na pista. Mas quando ela voltou para a garagem, os mecânicos constataram que o desgaste estava normal e dentro do previsto.
A causa, na verdade, teria sido uma má postura adotada por Acosta para ativar o dispositivo mecânico que regula a altura da traseira da motocicleta, acionado várias vezes durante todas as voltas para aumentar a estabilidade e a velocidade nas retas.
Durante a pré-temporada, Acosta percorreu todas as voltas com o dispositivo instalado no semi guidão esquerdo. A posição, no entanto, foi mudada durante o GP do Catar, afetando a ergonomia do piloto sobre a moto e resultado no que pode ser mais um caso de síndrome compartimental.
De qualquer maneira, Acosta se mostra pronto para o GP de Portugal, nesse fim de semana: “Portimão é uma pista que gosto e depois do início da temporada, tenho boas sensações“, disse. “O objetivo principal é continuar a adaptação a moto e à categoria, além de replicar o que foi feito em Losail.“
Para sanar todas as dúvidas, Acosta vai fazer um exame médico após a corrida para ter certeza do que pode ter causado o transtorno. Os pilotos terão três semanas de descanso até a terceira etapa, o GP dos EUA, úteis para fazer fisioterapia, se necessário.