Foi descoberto um novo registro de patente para a Yamaha R1 revelando uma tecnologia um tanto revolucionária. Será que isso significa que o modelo vai voltar a poder circular nas ruas?
Descontinuada na Europa desde o fim do ano passado por não atender aos limites de emissões do Euro5+, a Yamaha R1 só pode ser adquirida para ser usada em circuitos de corrida. Mas, aparentemente, a marca dos diapasões não deixou o seu desenvolvimento de lado.
Esse registro de patende descoberto pela imprensa italiana (abaixo) revela um interessante desenvolvimento da Yamaha para a R1: um sistema de dutos de saída de ar com aletas móveis, projetado para otimizar a eficiência aerodinâmica sem comprometer o resfriamento.
O sistema consiste de compartimentos laterais integrados à carenagem, equipados com defletores ajustáveis por meio de motores controlados pela ECU. Os defletores abrem ou fecham com base em parâmetros como temperatura do motor, velocidade do veículo, posição do acelerador, temperatura externa e até mesmo temperatura do catalisador.
O sistema foi projetado para se adaptar automaticamente às condições de uso: durante a aceleração máxima, os defletores permanecem fechados para melhorar a penetração aerodinâmica e reduzir a resistência; durante o resfriamento ou em baixas velocidades, eles se abrem para auxiliar na refrigeração.
É um sistema bastante difundido na indústria automotiva. Muitos carros modernos (como o BMW X5) utilizam grades móveis para otimizar o fluxo de ar e o comportamento do veículo. Nas motocicletas, porém, ainda é bastante incipiente. E a Yamaha oferece duas versões: com um ou dois dutos móveis de cada lado.
Você deve estar se perguntando: como ninguém pensou nisso antes? Na verdade pensaram sim, só que o uso de partes móveis em motocicletas de competição de classe mundial (como MotoGP e WorldSBK) está terminantemente proibido há muitos anos.
Mesmo marcas que gostam de exibir poderio tecnológico (como a Ducati) nunca se animaram muito em introduzir tal sistema em suas Panigale V4 de rua, talvez em decorrência do aumento de preço que acarretaria. E como a R1 está proibida para as ruas… não faz sentido.
No Japão, eles falam sobre isso como uma possibilidade concreta, mas, como sabemos, patentes nunca são garantia de produção. São muitas vezes, apenas uma forma de garantir que tal ideia seja registrada – e não possa ser copiada por nenhum espião industrial. De qualquer modo é bom ver o desenhos da R1 ainda em uso na sala de projetos da Yamaha…


