Uma patente da BMW Motorrad recém descoberta revela os planos da marca em “esconder” as asas aerodinâmicas da próxima S1000RR, um artifício aerodinâmico agora necessário, mas que ninguém acha bonito.
Nos últimos anos, as superbikes ficaram tão potentes que a inclusão de asas para mantê-las pregadas no chão passou a ser uma necessidade, não apenas um mero detalhe estético. Alguns winglets chegam a gerar mais de 50 kg de downforce a mais de 200 km/h.
Certo, mas parece ser um concenso geral de que essas asas não são bonitas e deixam o visual da moto… esquisito para dizer o mínimo. É nisso que a BMW Motorrad parece estar trabalhando na próxima geração da S1000RR.
Como você pode ver nesses desenhos, os engenheiros alemães estão tentando controlar o ar sem usar asas, mas canalizando-o através das bordas de ataque e controlando como ele sai ao redor do piloto. O truque é usar o próprio fluxo de ar para replicar os efeitos da carroceria.
Pelo que parece, o ar entra pelo nariz da moto e vai por dutos até sair por fendas estreitas logo à frente das mãos do piloto. A ideia é usar a própria carroceria como uma asa, fazendo com que o ar flua ao redor do condutor sem criar arrasto excessivo.
O documento também sugere que a mesma ideia pode ser aplicada a outras partes da carenagem e que múltiplas entradas e saídas podem ser usadas, oferecendo a possibilidade de que os dutos possam ser abertos ou fechados de forma adaptativa, alterando as propriedades aerodinâmicas conforme necessário.
Não é uma ideia 100% original. A Kawasaki introduziu um princípio semelhante no modelo mais recente da Ninja ZX-10R, transformando todo o conjunto dianteiro em um apêndice aerodinâmico, sem a necessidade de pendurar asas nele. Mas o projeto da BMW parece levar a ideia ainda mais longe.