P.J. Jacobsen é considerado um dos pilotos norte-americanos mais promissores da atualidade, mas pouca gente sabe disso, mesmo no Mundial de Motovelocidade. O nova-iorquino disse recentemente o porquê.
Jacobsen concedeu uma entrevista ao site GPOne, onde contou que esse ano chegou a ir até o GP da República Checa negociar com algumas equipes da classe intermediária (Moto2). Contudo, pouco interesse foi despertado e poucas propostas apareceram.
“Eu fui a Brno conversar com várias equipes. Eu tinha duas ofertas sobre a mesa, a mais interessante da Leopard Racing: [Stefan] Kiefer me queria e assinou um acordo preliminar. Um pouco depois, ele me ligou para dizer que tinha assinado um outro piloto. Eu estava muito animado em ir para a Moto2 e isso foi um pouco decepcionante. A Dorna poderia ter ajudado, mas eles não gostam de colocar americanos no paddock.” (P.J. Jacobsen)
Jabobsen, naturalmente, foi incitado a falar mais sobre isso e refletiu sobre os motivos de ser o único (além do experiente Nicky Hayden) piloto de ponta dos Estados Unidos competindo atualmente na Europa. O norte-americano acredita que os Europeus não conhecem os talentos que competem nos Estados Unidos.
“As equipes de MotoGP e Superbike são europeias e preferem pilotos de seus próprios países, sem dar uma oportunidade para os americanos porque eles não sabem o seu valor e a velocidade que eles têm no campeonato MotoAmerica. Eu conheço pilotos rápidos como Cameron Beaubier e J.D Beach que permanecem nos Estados Unidos, porque ganham muito dinheiro com a Yamaha e outras marcas. Enquanto as coisas continuarem assim, os americanos não irão competir na Europa.”
Hoje sem representantes no Campeonato Mundial, os Estados Unidos já formaram um grande contingente de pilotos, principalmente nos anos 80 e 90, levando ao título nomes como Kenny Roberts, Eddie Lawson, Wayne Rainey, Kevin Schwantz e Nicky Hayden, apenas para citar os principais. O último a se arriscar na Europa foi Bem Spies, que se aposentou em 2013.
No próximo ano, Jacobsen irá correr no World Superbike, pela categoria Supersport (600cc) com uma MV Agusta F3 675. “Mike Hailwood, Giacomo Agostini e Phil Read já correram com essa marca, é uma grande honra competir por eles“, relembrou o piloto de 23 anos.