Em menos de dois anos, Marc Márquez se transformou de promessa a um dos maiores pilotos que a Motovelocidade já viu. Comparamos o percentual de vitória do novo bicampeão do mundo com as lendas que ele destronou: Mike Doohan, Giacomo Agostoni, entre outros.
Se em 2013, Marc Márquez já havia assombrado o mundo conquistando o título da MotoGP em sua primeira temporada, algo mais avassalador viria esse ano. Em 2014, o espanhol barbarizou, conquistando nada menos do que 13 vitórias em 18 etapas: Catar, Austin, Argentina, Jerez, Le Mans, Mugello, Montmelo, Assen, Sachsenring, Indianápolis, Silverstone, Sepang e Valência.
Com isso, Márquez derrubou mais uma marca histórica: a do número de vitórias numa mesma temporada, um recorde que pertencia a Mike Doohan desde 1997. Naquele ano, o australiano também havia arrasado a concorrência, chegando a 12 triunfos. Entretanto, nem todos deram muita importância para isso, como Casey Stoner.
O bicampeão em 2007 e 2011 segue valorizando mais o recorde de seu compatriota: “o recorde de Doohan permanece, pois naquela época o calendário tinha menos etapas” disse recentemente Stoner em seu Twitter.
O próprio Márquez, modesto, também minimiza seu feito: “esse recorde não é tão importante quanto o de ser o mais jovem à vencer um título ou uma corrida” declarou. “Antes havia menos corridas, agora há muito mais. Se olharmos para os números, tenho que ser honesto, Doohan fez mais porque ganhou 12 de 15 etapas” reconheceu.
Márquez sabe que no percentual de vitórias, Doohan ainda permanece à frente. Em 1997, o australiano atingiu uma média de 80% de eficácia, enquanto que o espanhol ficou com 72% em 2014. Entretanto, nenhum dos dois é o maior mestre em eficiência, atributo em que o lendário Giacomo Agostini ganha de lavada.
Em 1968, Agostini chegou aos 100% de eficácia! Isso mesmo, o italiano venceu todas as provas que disputou naquele ano. Ele nunca mais seria tão eficiente, mas chegou bem perto nos anos seguintes: 83% em 1969 (10 vitórias de 12 possíveis) e 90% em 1970 (10 em 11). Outro que não dava chance aos adversários era John Surtees. O britânico também chegou aos 100% de aproveitamento em 1959.
Nas pole positions, Márquez arrecadou mais um recorde esse ano, 13 posições de honra de largada. Entretanto, aqui também acontece a mesma situação com Doohan, que o supera na porcentagem, 80% (12 de 15) contra 72%. Stoner igualou a marca do conterrâneo em 2011, mas graças à maior quantidade de etapas, ficou apenas com 66% de aproveitamento.
Quanto ao número de pódios atingidos, o recorde é dividido por igual entre Valentino Rossi (nas temporadas de 2003, 2005 e 2008), Jorge Lorenzo (2010 e 2012), Stoner (2011) e o próprio Márquez (2013). Os quatro atingiram a admirável marca dos 16 pódios, mas apenas o Doutor chegou lá em todas as etapas de 2003.
Qual deles é o maio piloto de todos os tempos? Como podemos ver, essa é uma pergunta que varia conforme a interpretação do leitor. Mas, o fato é que Márquez se tornou no único destruidor de recordes da atualidade e com apenas duas temporadas completas no currículo, ainda tem muito tempo para colocar seu nome e muitas outras páginas da história.
Via | Motociclismo