O Salão de Milão (EICMA) já ficou para trás. É hora de refletir sobre o que de melhor aconteceu no evento que é considerado a maior vitrine de exposição das montadoras no mundo. Confira no nosso “Top 10” abaixo.
10 – Ducati Hypermotard
Ninguém nunca entendeu direito porque a Ducati tirou a Hypermotard de produção em 2013. Moderna, potente e leve, a motocicleta com DNA de supermotard era uma verdadeira ode à diversão sobre duas rodas. Felizmente a marca de Bolonha voltou atrás em 2018.
A nova Hypermotard conserva o design anguloso que lhe era característico mas conta agora com o mesmo motor Testastretta 11° que equipa a Multistrada 950 e rende deliciosos 114 cv. Para controlá-los, ABS em curvas com função “Slide by Brake” e quickshifter bidirecional de série. Por favor, volte ao Brasil!
09 – Benelli 752S
As marcas italianas mais conhecidas no Brasil são Ducati, MV Agusta e Cagiva. Mas a Benelli tem praticamente a mesma idade e importância oferecendo modelos mais acessíveis como esta bela naked 752S.
Com um design moderno e componentes de grife, como suspensões Marzocchi e freios Brembo, a 752S chama atenção por reunir apenas o básico para a locomoção e principalmente a diversão de seu proprietário. O motor de dois cilindros em linha rende 75 cv de potência e 6,73 kgf.m.
08 – MV Agusta Superveloce 800
Desde que passou por uma crise das bravas em 2016, a MV Agusta vem se recuperando aos poucos. Enquanto modelos inteiramente novos ainda estão sendo desenvolvidos, eles distraem os fãs com versões especiais e conceitos absolutamente geniais como essa Superveloce 800.
Tendo como plataforma a ótima F3 800, a Superveloce 800 nada mais é do que uma homenagem às motos de competição da MV Agusta que tantos títulos conseguiu com Giacomo Agostini nos anos 60 e 70. A ciclística e os componentes, no entanto, são todos modernos para o piloto do século 21 mandar brasa. E o melhor: eles garantem que o conceito vai virar modelo de produção em 2019!
07 – Kymco Supernex
A Kymco é mais conhecida por produzir scooters práticos com a única função de levá-lo com comodidade do ponto A ao B. Por isso mesmo ninguém esperava que fosse justamente essa a marca a apresentar a primeira superbike elétrica realmente interessante do mercado.
Além de ser bacana com o meio ambiente, a Kymco Supernex também é divertida de se conduzir. Com uma espécie de câmbio convencional e um “gerador de roncos” personalizável, a superbike promete reduzir as diferenças técnicas e ideológicas que separam as motos elétricas das convencionais.
06 – Suzuki GSX-S1000 Katana Black
A nova Katana deu às caras no Salão de Colônia, no início de outubro, portanto ninguém esperava que a Suzuki fosse surpreender novamente em Milão. Mas eles conseguiram, apenas vestindo a nova motocicleta com uma irresistível cor preta.
Com sua angulosa carenagem enegrecida, a GSX-S1000 Katana ficou mais discreta e elegante e até mais moderna do que com a tradicional cor prateada que marcou os anos 1980. Sem dúvida, uma bem vinda opção à seus potenciais compradores.
05 – KTM 790 Adventure
Aguardada desde o ano passado, a KTM 790 Adventure apareceu, como previsto, no Salão de Milão de 2018. Mas a marca austríaca caprichou além do esperado, entregando duas versões diferentes logo de cara.
Uma delas é mais estradeira, com para-lama baixo, suspensões mais rígidas e suportes para alforjes. A outra é mais endurista, com para-lama elevado, assento plano e pneus mais adequados para o off-road. Tomara que venham ao Brasil, onde a procura por esse tipo de modelo está crescendo exponencialmente.
04 – Kawasaki Z400
Outra figurinha aguardada, a Z400 foi o grande destaque do estande da Kawasaki no Salão de Milão, o que evidencia o quanto esse segmento de mercado cresceu em importância nos últimos anos.
Praticamente idêntica à Ninja 400 em termos mecânicos, a Z400 tem o design muito semelhante ao restante da linha Z, especialmente a ainda recente Z900. Sua chegada ao Brasil deve acontecer ainda em 2019.
03 – Honda CB650F
Já sabíamos que a Honda planejava apresentar uma nova motocicleta média baseada no conceito Neo Sports Café. Mas ao contrário da CB1000R, apresentada no ano passado, a CB650F provoca mais sorrisos, não tanto por causa do design, mas pelo trato mecânico que a marca fez no modelo.
Os engenheiros japoneses envenenaram o motor de quatro cilindros para render 95 cv de potência, com um torque de 6,52 kgf.m, ou seja, 5% a mais que sua antecessora. Além disso, as suspensões são invertidas e reguláveis e a posição de pilotagem ficou mais racing. Uma muito bem vinda dose de adrenalina em um dos modelos mais interessantes de nosso mercado.
02 – BMW S1000RR
A BMW não participa da MotoGP, mas lá só correm protótipos especiais. E entre as superbikes de produção, daquelas que podem ser compradas em uma concessionária qualquer, a S1000RR é das melhores. Pergunte à qualquer piloto profissional.
Por isso, o aparecimento da nova geração foi um dos momentos mais aguardados do Salão de Milão. E a BMW não decepcionou, providenciando melhorias aerodinâmicas, mecânicas (agora conta com válvulas variáveis) e eletrônicas. Para completar, a marca anunciou um maior comprometimento com o Mundial de Superbike.
01 – Yamaha Ténéré 700
A Yamaha realmente conseguiu criar um clima de apreensão com a Ténéré 700. Depois de expor um conceito em 2016, o lançamento não aconteceu como previsto em 2017. Em vez disso, uma “turnê mundial” foi revelando o modelo aos poucos ao longo de 2018. A estratégia deu certo e em Milão, todos estavam babando para ver de perto a novidade.
E a marca dos diapasões não decepcionou, apresentando uma motocicleta alta, robusta e com credenciais autênticas para encarar qualquer parada. Com muitos órfãos da finada XT660Z, a Ténéré 700, derivada da MT-07, é muito aguardada no Brasil, motivo a mais para a filial brasileira providenciar o seu passaporte o mais rápido possível.