Miguel Oliveira se sentiu aliviado ao cruzar a linha de chegada do GP dos EUA em quinto lugar. O português disse que sentia dores em todo o corpo e constantemente tinha risco de cair em uma pista com condições incomuns.
Derrubado por Marc Márquez (Honda) na etapa de abertura em Portugal, Oliveira (Aprilia) teve que se ausentar do GP da Argentina devido a uma lesão nos ligamentos na perna direita. Nos EUA, o piloto de 28 anos ainda caiu outras duas vezes nos treinos e largou apenas na 15º posição.
“Foi um dia difícil. Corria constantemente o risco de cair e estou muito feliz por ter continuado de pé e ser competitivo“, disse Oliveira. “Para ser honesto, eu sentia tanta dor em todo o corpo que os ligamentos da minha perna eram quase irrelevantes. Pela minha lesão, este resultado é uma pequena vitória. Dadas as circunstâncias, em uma pista que eu não gosto, o quinto lugar é um bom resultado”.
O GP dos EUA foi uma das corridas mais acidentadas dos últimos anos. O asfalto quente, combinado com as temperaturas mais baixas do ar criaram condições estranhas ao comportamento dos pneus. Nove pilotos caíram, apenas 13 completaram a linha de chegada.
“O vento estava soprando de uma direção estranha, então as paredes laterais dos pneus estavam sob pressão adicional nas curvas à direita. Eles se desgastaram muito e eu perdia o controle da roda dianteira”, explicou Oliveira. “Mas o desempenho estava lá, apesar da subviragem. Fui oito décimos de segundo mais rápido do que no sábado. Era um mundo diferente!“
Alex Rins (Honda) sobreviveu à destruição para vencer pela primeira vez no ano, a primeira da marca japonesa desde o GP de San Marino de 2021. Pecco Bagnaia (Ducati), um dos que caiu quando era líder, também se mostrou surpreso com seu acidente. “Perdi a frente sem qualquer aviso“, disse depois.