Após ficar apenas em 21ª no primeiro dia dos testes coletivos do Catar, Miguel Oliveira evoluiu bem no dia seguinte e fechou a pré-temporada em 12ª. Depois, o português comentou sobre as dificuldades que passou.
Ao contrário de seu companheiro de equipe Raul Fernandez, Oliveira ganhou o direito de pilotar uma Aprilia RS-GP 2024, semelhante aos pilotos de fábrica, Aleix Espargaró e Maverick Viñales. Mas a transição tem sido muito mais difícil para o português de 29 anos.
“Terça-feira foi um dia melhor. Não estou completamente satisfeito, mas pelo menos demos um bom passo em frente“, disse Oliveira ao Speedweek. “Foi uma pena termos encontrado uma sensação boa tarde demais, depois de quatro dias da mesma sensação ruim. Na terça-feira conseguimos finalmente recuperar alguns passos e ser competitivos com uma moto ligeiramente modificada. Não consegui tirar o máximo proveito da moto porque os pontos de frenagem, a forma como pilotamos – são todos aspectos que trabalhamos para aperfeiçoar dia após dia, uma vez que temos uma boa moto“, insistiu.
A melhoria foi alcançada através de uma mudança simples no acerto: “Sim, é por isso que é frustrante. A moto é a mesma, apenas mudamos um pouco o acerto. Na verdade, foi uma coisa simples que me fez sentir muito melhor. É frustrante porque se eu tivesse feito 1:52 na segunda-feira, provavelmente poderia ter feito melhor do que 1:51,8 no segundo dia. Mas é assim. 12ª não me entusiasma muito, mas é melhor que o 21ª. É sempre preciso colocar isso em perspectiva“, concluiu inteligentemente.
A Aprilia RS-GP 2024 chamou atenção por sua carenagem alada, o que garantiu uma ótima aerodinâmica, porém peso extra. O “capitão” da marca, Aleix Espargaró, disse que ela é fisicamente difícil de manusear. Mas Oliveira não tem se importado muito com isso: “Para mim, esta moto exige muito menos fisicamente do que a moto que rodei há dois anos”, referindo-se à KTM RC16 que usou até 2022.