Não vai ser em 2022 que teremos a volta do GP da Finlândia ao Campeonato Mundial. Hoje (25) os promotores da etapa e a Dorna anunciaram o adiamento para 2023. Os motivos são a homologação do circuito e os riscos causados pela situação geopolítica da região.
Conforme relatado na semana passada, o circuito KymiRing, embora esteja tecnicamente pronto para receber uma etapa, vem recebendo muitas críticas sobre o traçado considerado muito travado para as máquinas de MotoGP, de acordo com os pilotos de teste que lá estiveram, como Mika Kallio (KTM) e Stefan Bradl (Honda).
Além disso, desde que a Rússia decidiu invadir a vizinha Ucrânia em 24 de fevereiro muita coisa mudou na região. O GP da Finlândia foi escolhido para sediar uma etapa para suprir a demanda de público no norte da Europa, atraindo o público da Escandinávia e também dos russos.
Alvo de inúmeras sanções políticas e econômicas, a Rússia também vem causando uma enorme tensão em toda a Europa. Tensão que motivou a Suécia e Finlândia a iniciarem procedimentos imediatos para entrar na OTAN. Desde então, os dois países vem sendo ameaçados pelo governo de Vladimir Putin.
“Os trabalhos de homologação no KymiRing, juntamente com os riscos causados pela situação geopolítica em curso na região, infelizmente obrigaram o cancelamento do Grande Prêmio da Finlândia em 2022“, disse a Dorna em um comunicado. “As circunstâncias atuais criaram atrasos e colocaram em risco o trabalho em andamento no novo circuito. Todas as partes concordaram, portanto, que a estreia da pista deve ser adiada para 2023, quando a MotoGP espera retornar à Finlândia pela primeira vez em quatro décadas“.
O Grande Prêmio da Finlândia foi realizado pela última vez em 1982 no velho circuito de Imatra. O novo autódromo de KymiRing começou a ser construído em 2017, mas sua inauguração internacional tem sofrido atrasos constantes desde então: primeiro foi a pandemia de coronavírus. Agora, a Guerra na Ucrânia. Com o novo adiamento, o calendário 2022 terá apenas 20 etapas.