O Comitê de Seleção de MotoGP, composto por FIM, IRTA e Dorna, anunciou hoje (27) que a equipe CryptoDATA RNF não terá licença para competir na temporada 2024 de MotoGP. A estrutura, no entanto, deve seguir sob nova direção.
Confirmando as notícias que já circulavam, repetidas alegações de inconsistências financeiras em torno da equipe surgiram nas últimas semanas com a CryptoDATA, empresa romena de proteção de dados, detentora de 60% da equipe, no centro dessas alegações.
Na penúltima etapa, o GP do Catar, também foi noticiado que Razlan Razali, detentor dos outros 40% da equipe que leva o seu nome, estava de saída ao final do ano. Hoje, a Dorna anunciou que a equipe RNF Racing quebrou e violou o “Acordo de Participação” várias vezes.
Isso significa o fim da equipe que nasceu como Petronas SRT em 2018 para suceder a Tech3 Yamaha. Essa formação durou até 2021, quando a petrolífera malaia retirou o patrocínio. Em 2022, eles correram com o nome oficial de WithU RNF Yamaha e esse ano como CryptoDATA RNF Aprilia.
A estrutura humana da equipe, no entanto, não deve se dispersar para 2024. O contrato com os pilotos, Miguel Oliveira e Raul Fernandez continua valendo, assim como o leasing das motos Aprilia RS-GP modelo 2023. Resta saber quem vai assumir o comando.
O gestor de patrocínios e consultor britânico, Jeremy Appleton (ex-funcionário da Alpinestars e Triumph), que já tinha trazido um grupo de investidores norte-americanos para o paddock no GP da Áustria, quer assumir uma equipe de MotoGP.
Em Valência soube-se que o milionário norte-americano Justin Marks, proprietário da bem-sucedida equipa Trackhouse NASCAR, está interessado em ter uma nova “equipe independente” e está pronto para assumir toda a equipe técnica da RNF, bem como os contratos com a Aprilia.
A equipe, que no momento atual não tem nome, estará presente nos testes coletivos de amanhã (28) apenas com Raul Fernandez, que testará pela primeira vez a RS-GP 2023. Lesionado, no GP do Catar, Oliveira permanece ausente e só deve reaparecer em 2024.