A Yamaha foi uma das surpresas dos testes pré-temporada da MotoGP. Embora ainda não estejam vencendo a Ducati, a marca dos diapasões inegavelmente evoluiu e uma das razões para isso é uma nova distribuição de peso.
Embora os resultados tenham sido um tanto mistos na Tailândia, Fabio Quartararo lutou no topo durante os testes de Sepang e não apenas com o campeão de 2021. Jack Miller, da equipe satélite Pramac, também andou bem e elogiou a evolução: “é outra moto desde o teste de Barcelona”, disse.
Visualmente, uma das mais notáveis mudanças está na traseira, onde o antigo design esguio da M1 deu lugar a um muito mais carregado. Isso se deve porque, segundo análises dos especialistas, é ali que está agora a bateria e a centralina eletrônica da moto.
Essa mudança teria um objetivo claro: mudar a distribuição de peso da M1 e proporcionar mais estabilidade na roda traseira, onde a Yamaha vem sofrendo com pouca aderência, desgaste excessivo do pneu e problemas de aceleração instável há anos.
Esta não é a única mudança que a Yamaha fez nesta pré-temporada. A nova rabeta apresenta apêndices aerodinâmicos novos, barbatanas mais modernas ao estilo Ducati. A equipe também experimentou diversas asas dianteiras, cada vez maiores e mais volumosas.
Nos bastidores, a Yamaha está preparando um passo ainda mais ousado para 2027: um novo motor V4. Mas Miller, que tem experiência com motos Honda, Ducati e KTM, se surprendeu com a evolução do atual propulsor de quatro cilindros em linha.
“Eu conheço os screamers, os big bangs e o motor em linha. Há vantagens e desvantagens em tudo. O motor em linha que temos no momento é potente. Acho que o debate ‘V4 ou não V4’ também é uma moda passageira. Não creio que esteja definido que você precisa de um V4″, disse o australiano.
Mesmo com o motor de quatro cilindros em linha, no entanto, o que está claro é que a Yamaha deu um passo à frente para 2025. Resta saber se esse passo será suficiente para trazer as máquinas japonesas de volta ao grupo da frente da MotoGP.