A Volkswagen está com um novo CEO, Herbert Diess, e isso já foi suficiente para que os boatos de venda da Ducati ressurgissem com toda a força. O executivo de 59 anos é conhecido como “Kostenkiller” ou “eliminador de custos” em alemão.
Diess foi o chefe da BMW Motorrad entre 2003 e 2007 e fez parte da equipe que comprou a Husqvarna da MV Agusta em 2007, por € 93 milhões. Nas mãos do conglomerado alemão, a marca sueca tinha uma posição secundária até a KTM recuperar a sua importância ao comprá-la em 2013.
A expectativa é de que Diess reorganize as marcas do Grupo Volkswagen em divisões mais eficientes do que as de agora, colocando Bentley, Bugati, Lamborghini e Porsche em uma espécie de grupo “Super Premium”, por exemplo.
Já com as marcas não automotivas, como os caminhões MAN, as transmissões Renk e as motocicletas Ducati, haveria uma avaliação caso a caso, para ver quais marcas receberiam mais investimentos do Grupo Vokswagen ou se venham a ser vendidas no futuro.
Boatos de venda da Ducati pipocam há dois anos e meio, desde que o Grupo Volkswagen viu-se em meio ao “Diesel Gate”, uma enorme fraude nas emissões de poluentes descoberto pelo CARB (Conselho de Emissões da Califórnia) em diversos veículos em 2015.
Uma pesadíssima multa de € 20 bilhões foi aplicada, motivo principal para que o Grupo Volkswagen se desfizesse de algumas marcas como a MAN e a Ducati. Mas, no último conselho realizado no ano passado, o agora ex-CEO Matthias Mueller assegurou que a venda da marca italiana estava fora de cogitação.
Nem Herbert Diess nem o Grupo Volkswagen não deram ainda quaisquer declarações a esse respeito, diga-se. O novo chefe foi substituído com o apoio dos grupos sindicais da VW, os mesmos que votaram contra a venda da Ducati. Contudo, é bem provável que essa história ressurja nos próximos meses.