Nas últimas semanas a Yamaha apresentou na Tailândia a XSR 155, versão retrô da MT-15, que por sua vez deriva de nossa conhecida MT-03. Teria a novidade espaço no mercado brasileiro?
A Yamaha XSR 155 é totalmente inspirada na XSR 900, versão retrô da MT-09 apresentada na Europa e nos Estados Unidos em 2015. Nesses mercados, a demanda por modelos com estilo clássico cresceu muito nos últimos anos.
Na Ásia, no entanto, a tributação do governo para motocicletas de alta cilindrada é pesada demais, fazendo com que as montadoras precisem realizar diversas adaptações, quase sempre de menor deslocamento volumétrico.
A solução da Yamaha foi utilizar a plataforma das irmãs R-15 e MT-15, que possuem um moderno motor monocilíndrico de refrigeração líquida, com comando de válvulas de sistema variável (VVA), capaz de produzir 19,3 cv e 1,49 kgf.m de torque.
Esportivas, elas também utilizam um sofisticado quadro em dupla trave e braço oscilante de alumínio, além de garfos invertidos na suspensão dianteira. Com um câmbio de seis marchas e apenas 134 kg para movimentar, são extremamente divertidas no perímetro urbano.
A XSR 155 mantém tudo isso, mas com uma roupagem neoclássica, composta por farol redondo (a iluminação é de LED), banco de couro bege e cores tradicionais da Yamaha, inspiradas nos modelos da década de 70 e 80. O resultado final ficou inegavelmente agradável, até para os olhos do ocidente.
Tanto é que a novidade foi muito bem vista pela imprensa europeia, que reproduziu a chegada da XSR 155 com bastante interesse desde o seu lançamento em 16 de agosto. Eis que nasce a dúvida: teria a XSR 155 espaço no mercado brasileiro?
O segmento de motocicletas retrô também teve um aumento considerável no Brasil ao longo da década, embora não chegue nem perto dos níveis da Europa e Ásia. Ao que parece, os brasileiros ainda preferem que uma moto nova se pareça, de fato, nova.
Na linha brasileira, a Yamaha XSR 155 tailandesa se posicionaria acima da Fazer 150 (tabelada à vista em R$ 10.890) e, com seus componentes mais sofisticados, teria um preço muito próximo da Fazer 250 (R$ 15.790).
A versão ocidental, no entanto, poderia não ser baseada na R15/MT-15 e sim utilizar o mesmo quadro e motor bicilíndrico de 321 cm³ da YZF-R3 e MT-03. Ambas, que custam a partir de 23.990 e R$ 22.290, respectivamente são sucesso absoluto no Brasil e ganhariam uma nova irmã. O que você acha?