A Harley-Davidson irá descontinuar a linha Sportster na Europa por não atender aos limites de emissões do Euro5, sem substituição imediata. Mas, a solução já existe dentro da marca, os novos motores “Revolution Max”.
Apresentado em 2018 junto com o programa “More Roads”, o motor Revolution Max é um V-Twin a 60º, com duplo comando, refrigeração líquida e eixos balanceiros para amenizar as vibrações características desses propulsores.
O mais interessante, no entanto, é que o Revolution Max tem natureza “modular”, ou seja, peças intercambiáveis e facilmente modificáveis para outros modelos, podendo crescer ou diminuir de cilindrada conforme a necessidade.
Tanto é que o motor foi anunciado para equipar a nova Bronx 975, a primeira hypernaked da Harley-Davidson, e a Pan America 1250, a primeira big trail. Na ocasião, eles disseram que o engenho ainda iria equipar outros modelos futuros.
É claro que muita coisa mudou de lá para cá. Veio o Coronavírus, a Harley-Davidson afundou-se ainda mais em sua crise e o CEO anterior foi substituído por Jochen Zeitz, que anunciou imediatamente um plano de contingência austero para salvar a empresa.
Plano que já mandou a Bronx 975 de volta para a gaveta fez os norte-americanos saírem do mercado indiano e reduziu a oferta na Europa por não ser capaz de substituir as linhas Street e Sportster imediatamente, já que o Euro5 se tornará obrigatório em 2021.
Mas, de acordo com Iwan Steiner, gerente da Harley-Davidson da Suíça, o novo motor virá primeiro com a Pan América 1250 (cujo projeto ainda está em andamento) e depois, no final de 2021, nas novas Sportsters. A refrigeração líquida pode irritar os fãs mais hardcore, no entanto.
É bom frisar que a descontinuidade da linha Sportster aplica-se apenas ao mercado europeu. Ambas continuarão sendo oferecidas nos Estados Unidos em 2021, assim como no Brasil, com os modelos Iron 883 e Iron 1200.