A Kawasaki apresentou hoje (7) uma Ninja ZX-6R atualizada para 2024 e além. Embora tenha ficado menos potente, a popular supersport média está visualmente muito parecida com a ZX-10R e, obedecendo aos últimos limites de emissões, volta a ser oferecida na Europa.
Em uma era onde praticamente todas as fabricantes apostam em esportivas médias e pacatas de dois cilindros, a Kawasaki insiste na sua tetracilíndrica totalmente racing. Com esta, não há meio termo: ou você pilota de forma esportiva ou nem tente. Como nos velhos tempos.
Também, pudera, o motor de quadro cilindros em linha e 636 cm³ é uma verdadeira joia de funcionamento; suave e progressivo, ao contrário do motor da Ninja 650 que, por exemplo, é mais áspero e sem a mesma oxigenação em altas rotações.
Para mantê-lo vivo, a marca de Akashi introduziu novos perfis de árvores de cames e um funil de admissão ligeiramente diferente. O escapamento também foi redesenhado para melhor posicionamento do sensor de catalisador, bem no centro da motocicleta e o mais leve possível.
Não teve jeito. A ZX-6R acabou perdendo um pouquinho de potência. Dos 130 cv a 13.500 rpm antes disponíveis, 123 cv permaneceram em 2024, mas chegam mais cedo, a 13.000 giros. Ainda assim, muito mais do que os 68 cv a 8.000 rpm da Ninja 650.
O quadro em dupla trave de alumínio foi mantido inalterado, assim como os garfos Showa SFF-BP. Novos discos de freio de 310 mm, substituem os do tipo pétala que Kawasaki usava há séculos. Eles são mordidos por pinças monobloco de quatro pistões montadas radialmente. O ABS foi recalibrado para uma melhor intervenção. Os pneus agora são Pirelli Diablo Rosso IV, os melhores que há.
Visualmente, a maior diferença na carroceria é o design do conjunto óptico dianteiro, pontiagudo e angular, semelhante ao da Ninja ZX-10R com pequenas asas integradas. Uma solução bem mais elegante do que os desengonçados e protuberantes apêndices aerodinâmicos encontrados em outras motos.
Essas discretas asas, introduzidas com muita polêmica na ZX-10R em 2021, tem dupla função: além de ajudar a manter a roda dianteira pregada no solo, elas claramente ajudaram a direcionar o ar para as áreas do motor que realmente necessitam. O que a Kawasaki chama de “Ram Air”.
É claro que o conjunto eletrônico foi todo atualizado, a começar pelo novo painel digital TFT de 4,3 polegadas. A cor de fundo da tela é comutável entre preto ou branco e o brilho se ajusta automaticamente com base na luz disponível.
Novos modos de condução foram introduzidos, que se combinam ao controle de tração e aos quatro modos de potência (Sport, Road, Rain, Rider). Como você pode adivinhar, o modo Rider permite que o piloto defina as configurações que quiser. Tudo é conectável ao app “Radiology” da Kawasaki.
Kawasaki Ninja ZX-6R estará disponível em quatro opções de cores. O preço gira em torno de 12.000, tanto em dólares como euros. O vídeo de lançamento mostra duas motos em uma pista de corrida. Uma é a ZX-6R, e assumimos que a outra seria uma versão RR que será lançada em breve.