Presente no mercado internacional desde 2015, a Honda CRF1000L África Twin deve receber uma nova geração em breve, que pode ser maior e mais bem equipada do que a atual. Quem está apostando nisso é a própria imprensa japonesa.
A ilustração acima está na revista japonesa Young Machine, que gosta de fazer previsões sobre os próximos anos e acerta muitas vezes. Foram eles, por exemplo, que deram o furo sobre a Kawasaki H2R e também revelaram a nova Yamaha R3 no ano passado.
Para 2020, eles acreditam que a África Twin terá a cilindrada de seu motor aumentada para 1.100 cm³, o que resolveria dois problemas: primeiramente a falta de fôlego do atual (com apenas 95 cv) frente à concorrência. Em segundo lugar, para enquadrar a moto nas normas do Euro5 (que passam a vigorar em 2020).
Aumentar a cilindrada do motor tem sido a alternativa encontrada pelos fabricantes para reduzir o índice de emissões de poluentes sem perder potência. Os novos limites demandam a introdução de catalisadores maiores e para compensar elas estão aumentando o curso e o diâmetro, o que é menos custoso do que reprojetar o propulsor inteiro.
Foi essa a alternativa encontrada pela BMW para atualizar a média F800GS em F850GS e a R1200GS em R1250GS, que conta ainda com um inédito sistema de válvulas variáveis. Apenas para se ter uma ideia, a concorrente da África Twin oferece 134 cv a 7.750 rpm e 14,5 kgf.m de torque a 6.250 rotações.
A nova África Twin não teria apenas um motor maior, mas uma carroceria mais larga e vistosa, outra crítica dos atuais proprietários, que parecem querer que uma moto grande pareça de fato, grande. Isso resultaria também em um tanque de combustível de mais capacidade, em torno dos 22 litros, enquanto que o atual tem apenas 18.
Para completar, a motocicleta receberia o melhor pacote eletrônico disponível atualmente, a começar por um novo painel digital em TFT, ignição sem chave, novos modos de pilotagem, a versão mais recente da transmissão automática DCT. A apresentação deve acontecer no Salão de Milão, em novembro.