Estão crescendo os rumores de que a Honda poderá apresentar uma CBR1000RR Fireblade completamente nova para 2020. E nem precisaremos esperar tanto assim para vê-la. A expectativa é de que a revelação aconteça no Salão de Tóquio, no final de outubro.
De acordo com os alemães do Speedweek, a Honda realmente quer voltar a ser competitiva no Mundial de Superbike, atualmente comandado por Kawasaki e Ducati. O último título oficial dos japoneses aconteceu no já longínquo ano de 2002, com Colin Edwards.
Por 17 anos, a Honda deixou sua participação no campeonato representada por equipes independentes, mas apenas um título foi conquistado, com James Toseland em 2007. A volta oficial da HRC aconteceu apenas esse ano através de uma parceria com os times Moriwaki e Althea, que cuidam da logística, hospitalidade e manutenção das motocicletas.
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O ano de 2019, no entanto, tem sido um dos piores da história da empresa: apenas um pobre 8º lugar conquistado pelo piloto reserva Yuki Takahashi em Misano é o melhor resultado até agora. Mas os executivos da Honda enfatizaram desde o início que esse seria um ano de transição, coletando dados para o futuro.
E, de acordo com os alemães, tudo deverá ser diferente em 2020. A estrutura atual deve ser completamente reorganizada, operando desde Barcelona e afiliada à equipe de MotoGP, cujo gerente é Alberto Puig. A empresa de Puig (que também comanda o Honda Asia Talent Cup) será responsável pela logística e oficina.
No quesito pilotos, já está praticamente certo de que Álvaro Bautista será o primeiro piloto graças a um salário de 800.000 euros, nada menos do que o dobro do que recebe atualmente na Ducati. Quanto à segunda vaga, os alemães acreditam que ficará com o piloto de testes Takumi Takahashi.
A quatro cilindros em linha mais forte do mercado
Apresentada no final de 2016, a atual CBR1000RR Fireblade nada mais é do que uma atualização do modelo anterior introduzido em 2008. De lá para cá, no entanto, o mercado mudou muito, com aparecimento de rivais mais impressionantes, como BMW S1000RR, Yamaha YZF-R1m, Suzuki GSX-R1000, Kawasaki Ninja ZX-10RR e Ducati Panigale V4 R.
Segundo os alemães, a nova Fireblade terá um novo motor e chassi. Ambos, no entanto, seguem a mesma receita da motocicleta atual, ou seja, com um propulsor de quatro cilindros em linha e quadro em dupla trave de alumínio, o que pode frustrar a expectativa dos que esperavam a chegada de um V4.
Mas os gerentes da HRC teriam revelado que a nova motocicleta terá o “motor de quatro cilindros em linha mais forte do mercado”, colocando a Fireblade à frente da BMW S1000RR (209,8 cv) e Kawasaki Ninja ZX-10R SE (213 cv).
O chassi, embora de mesma arquitetura, será inteiramente revisto, já que o modelo atual foi concebido para a utilização de pneus Bridgestone, ausentes tanto na MotoGP (Michelin) quanto no Mundial de Superbike (Pirelli). O desenvolvimento atual será voltado para os compostos italianos utilizados no WSBK.
O lançamento pode acontecer antes do esperado, durante o Salão de Tóquio que acontece entre 24 de outubro e 4 de novembro na capital japonesa. Vale lembrar que a marca da asa sempre apresenta novidades interessantes nesse evento, como o protótipo da CB750 há 51 anos. Outra oportunidade é o Salão de Milão (EICMA) logo em seguida, entre 5 e 10 de novembro.