A Harley-Davidson reiniciou ontem (20) o trabalho nas fábricas do Wisconsin e Pensilvânia, após dois meses de parada devido ao Coronavírus. A produção, no entanto será focada apenas nos modelos mais vendidos até o fim de 2020.
A marca de Milwaukee fechou suas fábricas em 18 de março, após um de seus funcionários testar positivo para Covid-19 e no momento em que a curva de contágio nos Estados Unidos atingia o seu maior pico. O país é o líder mundial na pandemia, com mais de 1,5 milhão de infectados e 93 mil mortes.
Nesses dois meses, a Harley ficou parada, mas não inerte. Muitas mudanças aconteceram, no sentido de reorganizar a marca para os (ainda mais) difíceis anos que virão pela frente após o Coronavírus, que prometem ser mais desafiadores do que a crise financeira de 2008. Um novo CEO foi escalado e um novo plano (The Rewire) traçado.
Dessa forma, cautela é a nova ordem da casa. Apesar da reabertura, nem todas as motos e cores serão disponibilizados no início. A produção será limitada aos seus modelos e cores mais vendidos e sem recursos personalizáveis para o resto de 2020. A Harley espera eventualmente acelerar a produção em fases.
Não foram divulgados números ou modelos específicos, e a empresa não lista suas vendas por modelo em documentos publicamente disponíveis. O único detalhamento que fornece em suas finanças é um retrato anual das vendas divididas em três segmentos: Touring, Cruiser e Sportster/Street.
Nesse cenário, a marca vendeu 21.597 motos na categoria Touring no primeiro trimestre de 2020, abaixo dos 25.043 no mesmo período do ano passado. As cruisers vieram logo atrás com 20.131 unidades esse ano ante 20.451 em 2019. Enquanto isso, o segmento Sportster/Street comercializou apenas 11.245 contra 13.397 do ano anterior.
Isso significa que nenhuma nova moto Sportster será produzida no resto do ano? É tudo especulação neste momento, mas esse é claramente o segmento menos popular pelos números. A Reuters procurou a Harley-Davidson para comentar, mas ainda não recebeu uma resposta.