Nos EUA, Harley-Davidson despenca 13,3% no terceiro trimestre do ano

O ano de 2018 definitivamente não será lembrado como um dos melhores para a Harley-Davidson. Apesar das novidades reveladas nos últimos meses, a marca de Milwaukee reportou outra queda de 13,3% nas vendas norte-americanas no terceiro semestre do ano.

O resultado apontado pelo balanço trimestral da marca do Bar & Shield compara os resultados das vendas no varejo com o mesmo período do ano passado. Em termos de quantidade, a Harley-Davidson colocou nas ruas dos Estados Unidos 36.220 novas unidades contra 41.793 em 2017.

No mercado internacional, no entanto, os resultados foram ligeiramente mais positivos. As vendas fora do país natal cresceram 2,6% (23.006 unidades), em comparação com o terceiro trimestre do ano passado e 1.1% nos primeiros nove meses do ano.

Isso, contudo, não está sendo suficiente para reverter o quadro negativo geral. Até o mês de setembro, a Harley-Davidson reportou uma retração de 10,2% nos Estados Unidos, enquanto que no exterior também houve queda, de 5,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Curiosamente, em termos de dólares e centavos, a receita bruta da Harley-Davidson cresceu 16,8% – cerca de US $ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2018, enquanto que no somatório dos primeiros nove meses do ano outros US$ 4 bilhões extras foram adicionados, o equivalente a 3,7%.

O lucro operacional também subiu quase três vezes no terceiro trimestre, mas pode ser tarde demais para reverter o estrago do ano. Até o momento, o quesito havia recuado nada menos do que 15,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

São os primeiros reflexos das novas políticas anunciadas pela Harley-Davidson em agosto. Além de mover parte da sua produção para fora dos Estados Unidos, a marca de Milwaukee também pretende entrar em novos segmentos de mercado, o que tem desagradado o presidente Donald Trump e seus fãs mais conservadores. O tempo irá dizer quem está certo.