A Yamaha Motor Company ganhou as manchetes japonesas na última semana por motivos que não gostaria. A marca de Iwata, assim como outras quatro montadoras constatou que testava e reportava incorretamente as emissões de poluentes e o consumo de combustível de seus veículos.
De acordo com uma reportagem do Asphalt and Rubber, o escândalo começou em 2016 com a Mitsubishi e rapidamente estendeu-se até a Nissan e Subaru, que também manipulavam os resultados de suas emissões. Essas descobertas fizeram com que o governo japonês exigisse que outras empresas verificassem suas operações de teste.
Dessa forma, Mazda e a Suzuki foram as próximas a admitir que os seus carros tinham sido testados incorretamente. É o mesmo caso da Yamaha, que encontrou resultados igualmente errados em suas provas de emissões para motocicletas.
Em outras palavras, de acordo com o Ministério da Terra, Infra-estrutura, Transporte e Turismo do Japão, Suzuki, Mazda e Yamaha aprovaram seus veículos sob condições e metodologias inválidas. Na terra do sol nascente, as montadoras realizam testes de emissões e consumo por conta própria, em nome do governo.
Sete modelos da Yamaha precisaram ser novamente testados, mas verificou-se que apenas 2% das unidades haviam sido analisadas incorretamente. Isso significa que nenhum Recall precisará ser feito. A imagem dessas marcas, contudo ficou arranhada.
Embora não tenham violado explicidamente nenhuma lei, as montadoras quebraram a confiança do povo japonês e eles levam isso muito a sério por lá. A indústria japonesa tem a reputação de alto padrão de engenharia e atenção aos detalhes. Por isso Mazda, Suzuki e Yamaha se desculparam publicamente por suas ações na semana passada.
“A Yamaha Motor pede sinceras desculpas a todos os clientes, parceiros e outras partes interessadas que possam ter preocupações ou tenham sido incomodadas como resultado dessas ocorrências“, disseram eu um comunicado. Na ocasião, as ações da Yamaha já haviam caído 5,3%, com as demais marcas em situação semelhante.