Como não poderia deixar de ser, o Brasil também sentiu o abalo que o Coronavírus provocou no mundo. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de motocicletas em 2020 sofreram uma redução de 15,04%.
Foram 915.502 motocicletas emplacadas entre janeiro e dezembro, contra 1.077.537 unidades no mesmo período de 2019. Entre março e maio, boa parte das fabricantes interrompeu a produção e as revendedoras operaram sob fortes restrições, o que resultou na falta de produtos no mercado e afetou o resultado final.
“Assim como os demais segmentos, as motos sofreram com a queda na produção local e na importação de peças e componentes, em função da pandemia”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior. “No entanto, ao contrário de outros anos, notamos que houve boa oferta e aprovação de crédito, com taxas de juros razoáveis, o que favoreceu e continua estimulando o aumento de demanda, gerada pela utilização de motocicletas como transporte individual e para serviços de entrega”, avaliou.
Assim como aconteceu no resto do mundo, o segundo semestre de 2020 viu uma recuperação considerável. Em dezembro, as vendas registraram alta de 10,5% (98.831 unidades contra 89.438 emplacadas em novembro) e aumento de 5,02% em relação a dezembro de 2019 (94.103 motocicletas emplacadas).
No ranking histórico das vendas de motos, os números desse ano ocupam a 15º posição. Já apenas o mês de dezembro ocupa o 12º lugar. “Não fosse a paralisação das fábricas, teríamos alcançado a projeção de superar 1.100.000 unidades em 2020”, opina Assumpção Júnior.