A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgou ontem (12) os resultados da produção de motocicletas no primeiro semestre de 2020. Como esperado, a diminuição foi de 22,1%, mas o mês de julho já foi superior ao do ano anterior.
Foram 490.137 motocicletas produzidas de janeiro a julho, contra 628.818 unidades no mesmo período de 2019. As vendas no atacado foram de 468.573, significando uma queda de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (616.133 unidades).
“O setor ainda enfrenta um desequilíbrio entre oferta e demanda em relação a determinados modelos de motocicletas, porque as fábricas tiveram quase dois meses de paralisações em função das medidas adotadas para a prevenção ao contágio e, a partir daí, passaram a realizar ajustes necessários para a adequação da produção”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Depois que a produção foi retomada, os números voltaram a crescer. O volume produzido em julho (97.920) corresponde a um aumento de 25,3% em relação a junho e 6,8% sobre o total do mesmo mês do ano passado (91.713 unidades).
“Esses números representam um alívio diante da situação enfrentada até o momento com os impactos da pandemia da Covid-19, pois mostram uma curva ascendente de produção, com recuperação gradativa dos volumes nas fábricas”, comemora Fermanian.
Vendas no atacado
No semestre, as fábricas venderam no atacado (para as concessionárias) 468.573 unidades, significando uma queda de 23,9% na comparação com o mesmo período de 2019 (616.133 unidades). No entanto, 91.454 motocicletas foram comercializadas em julho, crescimento de 20% em relação a junho (76.189) e 4,8% a mais que julho do ano passado (87.240).
Desempenho por categoria
Em julho, a categoria Sport foi a que registrou maior crescimento em termos de variação porcentual. Foram comercializadas 664 unidades, volume 42,5% superior ao registrado no mês anterior (466 unidades). Na comparação com julho do ano passado (329 unidades), houve uma alta de 101,8%.
Em números absolutos, a Street se manteve como a categoria mais comercializada no atacado, com 50.393 unidades em julho, aumento de 22,4% na comparação com o mês anterior (41.177 unidades) e de 12% em relação a julho do ano passado (45.009 unidades).