Indiretamente, Nicky Hayden permanece vivo e entre nós. Isso foi possível porque sua família autorizou, ainda na segunda-feira (22), a doação de seus órgãos, quando o campeão mundial de 2006 veio a óbito.
A família, composta pelo pai Earl, a mãe Rose e os irmãos, Tommy e Roger Lee disseram em um comunicado oficial que a doação de órgãos era um dos desejos de Hayden. Na nota eles agradeceram o hospital, imprensa e fãs pelo suporte.
“Agradecemos ao hospital Bufalini em Cesena que lidou com Nicky e lhe deu primeiros socorros; aos fãs pela sua proximidade e à imprensa que tem seguido com atenção e afeto, respeitando o silêncio por trás do qual estamos entrincheirados.”
Hayden estava na Itália após a última etapa de Imola do World Superbike, campeonato que disputava desde o ano passado, pela Honda Racing. Enquanto andava de bicicleta pela região de Riccione, o norte-americano foi atropelado por um Peugeot 206CC.
Apesar de o resgate ter sido feito com rapidez, Hayden sofreu massivas lesões cerebrais e torácicas no impacto, resistindo por mais cinco dias até falecer na segunda-feira. Na nota, a família também confirmou que não haverá memorial na Itália, já que os procedimentos para trazê-lo aos Estados Unidos estão em andamento.
“O desejo da família Hayden é que não haverá um memorial na Itália, porque eles estão passando pelas formalidades administrativas para acelerar o máximo possível o repatriamento de Nicky para os Estados Unidos, onde o resto da família e amigos estão esperando por ele.”
Hayden competiu na MotoGP regularmente entre 2003 e 2015, conquistando o título mundial de 2006 pela Repsol Honda. Sua última corrida na categoria foi o Grande Prêmio da Austrália do ano passado, onde foi convidado a substituir Dani Pedrosa, ausente devido a lesões. O norte-americano venceu três corridas na Categoria Rainha.
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