Nicky Hayden afirma que ainda existem bons pilotos nos Estados Unidos capazes de fazer bonito na MotoGP. Atualmente, o campeão mundial de 2006 é o único representante do país na categoria.
Em uma entrevista ao site oficial da MotoGP, o ‘Kentuky Kid’ (seu apelido em alusão ao seu estado de origem) opinou que as categorias de base dos Estados Unidos precisam fazer um melhor trabalho de promoção com seus jovens pilotos.
“Há talento aqui na América, mas as competições têm de fazer um melhor trabalho para ajudar os novatos a crescer. O Cameron Beaubier mostrou muito no ano passado. Quando veio para a Europa, pela primeira vez, não teve sucesso. Não creio que tenha sido fácil ser colega de equipe do Marc Márquez, como agora vemos. Talvez ele seja melhor do que as pessoas podem pensar. O Jake Lewis tem uma grande oportunidade. Vamos ver o que pode fazer. É claro que sou tendencioso para com alguns do Kentucky, como o Hayden Gillim, e o Nick McFadden”. (Nicky Hayden)
Nos anos 80 e 90, os Estados Unidos foram o maior “pólo industrial” de pilotos, promovendo lendas do esporte, como Kenny Roberts, Eddie Lawson, Freddie Spencer, Randy Mamola, Wayne Rainey e Kevin Schwantz. Entretanto, desde os anos 2000, a Espanha passou a ocupar esse cargo devido ao seu fortíssimo motociclismo nacional.
Falando sobre os testes pré-temporada, Hayden se mostrou satisfeito com o progresso da Honda de especificação Open, RC213V-RS. Entretanto, o norte-americano acredita que ainda há espaço para melhorar.
“Bem, a moto é claramente mais rápida que a do ano passado. Tem 30 ou 40 cavalos à mais. Estamos rodando muito mais rápido, mas os outros também. Chegaram a fazer 1m58s na Malásia, o que é um grande passo. Temos de trabalhar na eletrônica. Com o chassis do ano passado, o software Open da Magneti Marelli não era um problema porque não havia potência. Demos um bom passo do primeiro para o segundo teste. Melhoramos o tempo em quase um segundo. E não apenas numa volta; de forma consistente. Estamos otimistas, mas ainda temos algum espaço para melhorar.”
Hayden também contou sobre as melhorias no pulso direito. O piloto de 33 anos precisou se submeter à uma complicada cirurgia no ano passado, o que o fez perder quatro etapas:“Perdi mesmo muita força. Fiz uma grande operação e levei tempo para me recuperar. Fiz muita fisioterapia para recuperar mobilidade, mas estou contente” garantiu.