Takaaki Nakagami (LCR-Honda) comentou sobre as dificuldades que a fabricante japonesa vem enfrentando na temporada 2022 de MotoGP. O japonês disse que, apesar das tentativas de mudar a moto, É Marc Márquez quem continua com a última palavra.
A Honda mudou bastante a RC213V para 2022. Ao invés de uma moto orientada para ter aderência na roda dianteira, ao gosto de Márquez, a fabricante japonesa alterou a geometria para aumentar a confiança na traseira, um pedido dos outros pilotos, Pol Espargaró, Alex Márquez e o próprio Nakagami.
Mas após cinco etapas, a Honda ocupa apenas a sexta posição no campeonato de construtores. O único pódio foi conseguido por Pol Espargaró no GP do Catar. Márquez continua a ser o piloto da marca melhor posicionado, em nono lugar, mesmo tendo disputado uma corrida a menos.
Na equipe satélite, LCR-Honda, a situação é ainda pior: Nakagami só conseguiu somar 21 pontos e Álex Márquez menos ainda, 16. Eles estão em 15º e 17º, respectivamente na classificação geral. E, em uma entrevista ao site Motorsport-Total, o piloto japonês disse que as indicações de Márquez voltaram a ser prioridade.
“O Márquez é um dos melhores pilotos. Conhece a Honda muito bem. Suas indicações como são muito importantes, também para nós“, disse Nakagami. “A falta de sensibilidade na roda dianteira é o ponto fraco. Tudo depende das indicações de Marc. Se ele disser ‘não’ a alguma coisa, isso significa o que é um ‘não’ para todos os pilotos da Honda. Se alguém disser sim, mas Marc disser não, então ainda significa não“, revelou.
Na LCR, a situação é ainda mais complicada, pois eles apenas recebem o que a fábrica lhes fornece: “Na equipe de fábrica você ainda pode ter a oportunidade de seguir um caminho completamente diferente, mas isso não é possível aqui. Às vezes é difícil e às vezes é muito difícil de aceitar, mas temos que nos adaptar e aproveitar ao máximo“, resignou-se.
E foi concentrada em Marc Márquez que a Honda realizou os testes coletivos no circuito de Jerez, na semana passada. O próprio piloto reconhece que os pontos fracos da moto permanecem. Ainda assim se mostrou otimista para o GP da França que acontece no próximo fim de semana.